Somente em Sapucaia, 13 mortes foram registradas após deslizamento de terra.
André Paino/R7
Veja a galeria completaPrefeito Anderson Zanon (PSD) afirma que dispõe de poucos recursos para recuperação de encostas e outras obras de prevenção de desastres
As chuvas nas regiões norte e noroeste do Estado do Rio de Janeiro deixaram quase 11 mil pessoas fora de casa, segundo dados divulgados pela Defesa Civil Estadual na noite de terça-feira (10). Até as 19h, sete municípios haviam decretado situação de emergência: Laje do Muriaé, Santo Antônio de Pádua, Itaperuna, Italva, Cardoso Moreira, Miracema e Aperibé. Na última quinta-feira (4), eram mais de 34 mil pessoas fora de suas casas.
Em Cardoso Moreira tem 4.004 desalojados e 1.713 desabrigados; em Campos dos Goytacazes são 1.600 desalojados e 800 desabrigados; em Itaperuna tem 800 desalojados e 106 desabrigados; em Italva há 650 desalojados e 200 desabrigados; em Aperibé 600 estão desalojados e 30 desabrigados; em São Fidélis são 283 desalojados e 92 desabrigados; em Cambuci são 300 desalojados e 20 desabrigados; em Laje do Muriaé são 200 desalojados e 15 desabrigados; em Bom Jesus de Itabapoana são 70 desalojados e 23 desabrigados; em Itaocara são 51 desalojados e 11 desabrigados; em Santo Antônio de Pádua tem 20 desabrigados; em Natividade ao 6 desalojados e 6 desabrigados; em Miracema são 5 desalojados e 6 desabrigados e em Varre-Sai são 39 desalojados.
Em Laje do Muriaé houve uma morte causada pelo temporal. Já em Jamapará, distrito de Sapucaia, também até as 19h, haviam sido encontrados 13 corpos após deslizamento de terra na região.
No entanto, o número de desaparecidos pode chegar a 11, segundo o relato de moradores à Defesa Civil.
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, afirmou que a pasta vai liberar entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões para as cidade do norte e noroeste do Estado do Rio atingidas pelas chuvas. O anúncio foi feito durante reunião ocorrida após sobrevoo do vice-governador, Luiz Fernando Pezão, do ministros dos Transportes, Paulo Sérgio Passos e da Integração Nacional nas áreas atingidas.
Recursos
A Prefeitura de Sapucaia espera há um ano por verba de R$ 9 milhões para recuperação de encostas e outras obras de prevenção de desastres.
De acordo com o prefeito Anderson Zanon (PSD), a administração municipal dispõe de poucos recursos - Sapucaia tem cerca de 18 mil habitantes - e todos os anos sofre com problemas causados pelas chuvas. Só no ano passado, com os temporais do início de 2011, o município teve 26 pontes destruídas.
- Conseguimos reconstruir todas [as pontes]. Muitas eram pequenas, na zona rural. Fiz o pedido [da verba] no ano passado, mas, por causa da burocracia, até agora não recebemos.
A última vez que Sapucaia recebeu verbas para reconstrução de estragos causados pelas chuvas foi em dezembro de 2010. O bairro Barão foi praticamente destruído naquele ano por um temporal e Zanon conseguiu dinheiro federal para reconstruir o lugar.
Assista ao vídeo:
Ajuda
Segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social, caminhões e máquinas chegam ao local a todo o momento para ajudar a localizar os corpos.
Cerca de 30 bombeiros de Carmo, Teresópolis, Três Rios e Itaipava (distrito de Petrópolis) foram deslocados para a localidade de Jamapará. No entanto, deslizamentos nas rodovias dificultaram a chegada da ajuda. Segundo a prefeitura, apenas a BR-116, caminho por Teresópolis, está completamente livre.
Áreas de risco
O prefeito de Sapucaia disse que a geografia do distrito coloca Jamapará em condições naturais de risco, já que há muitas encostas no local e moradias construídas próximas a elas. O prefeito, no entanto, não considerava o local do deslizamento como uma área de risco.
- Nunca houve uma tentativa de retirar as pessoas daquele local porque lá não era considerada área de risco. Tem casas ali bem antigas, de 40, 50 anos. Não é uma área de ocupação recente e nunca houve uma tragédia como essa antes.
O prefeito de Sapucaia disse que a geografia do distrito coloca Jamapará em condições naturais de risco, já que há muitas encostas no local e moradias construídas próximas a elas. O prefeito, no entanto, não considerava o local do deslizamento como uma área de risco.
- Nunca houve uma tentativa de retirar as pessoas daquele local porque lá não era considerada área de risco. Tem casas ali bem antigas, de 40, 50 anos. Não é uma área de ocupação recente e nunca houve uma tragédia como essa antes.
Edinho Trajano com, R7.
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