O advogado do PSD, Admar Gonzaga, disse nesta quinta-feira, 22, que o processo de criação da sigla foi prejudicado pela demora dos cartórios eleitorais para analisar as assinaturas de apoiamento. Segundo ele, alguns cartórios demoraram até 60 dias para certificarem as assinaturas, quando a lei pede no máximo 15 dias.
“Alegaram falta de pessoal, falta de peritos, e também que estavam empenhados em outras atividades, como a importantíssima atividade do recadastramento biométrico”, disse.
Gonzaga também lembrou que muitos cartórios estavam fechados quando procurados. Ele declarou que está longe de querer fazer críticas à Justiça Eleitoral, mas que o excesso de rigor atrapalhou as pretensões do partido de apresentar as assinaturas de apoiamento em tempo hábil.
O advogado também voltou a dizer que o PSD sofreu “sabotagens” durante o processo de coleta de assinaturas, com a infiltração de pessoas, por exemplo, que se registravam em nome de pessoas mortas.
Para Gonzaga, está claro que isso não foi feito pelo PSD, e sim por rivais objetivando tumultuar o processo, já que as assinaturas seriam checadas posteriormente nos cartórios.
Gonzaga ressaltou ainda que, independentemente das dificuldades, o partido se estruturou em 26 unidades da federação e obteve registro em 18 estados, totalizando 538 mil assinaturas certificadas, mais de 1 milhão, se a conta incluir as não certificadas.
“Em jogo está o direito das minorias, o pluralismo político e outras questões de elevada índole constitucional”, disse.
Edinho Trajano, com Agência Brasil.