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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Defesa Civil: não há mais esperanças de achar sobreviventes em deslizamento de Sapucaia


Sergio Simões diz que ainda é grande o risco de deslizamentos em Jamapará.

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Familiares participaram do enterro de avô e neta que morreram soterrados em Jamapará, em Sapucaia (RJ)



O secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sergio Simões, informou na tarde desta terça-feira (10) que ainda é grande o risco de deslizamentos em Jamapará - distrito de Sapucaia, no médio Paraíba -, onde ao menos 13 pessoas morreram soterradas após um grande volume de terra e pedras soterrar oito casas na madrugada de segunda-feira (9). O coronel informou, por volta das 17h15, que já não há mais esperanças de encontrar sobreviventes

Estamos trabalhando em uma área de altíssimo risco de deslizamento. O Corpo de Bombeiros está prevenido para a possibilidade real de novos deslizamentos. Tem um talude de grande porte que escorregou e está assentado, portanto o risco existe. 

Ao menos 11 pessoas continuam desaparecidas, entre elas, cinco de uma mesma família que saíram de casa e se abrigaram dentro de um Fusca que, segundo relato de moradores, foi completamente soterrado.

- Não há possibilidade de sobreviventes, já que neste tipo de situação a lama ocupa todos os espaços vazios.

Simões informou ainda que os trabalhos serão intensificados durante a noite e a meta é de que todos os corpos sejam resgatados até, no máximo, quinta-feira (12).

- Não vamos parar durante a noite, porque a ansiedade dos familiares cresce à medida em que o tempo passa e os corpos não são resgatados. Nossa meta é de, até o final do dia de amanhã ou mais tardar na quinta-feira, estar com essa ação completa. 

Enterros
Mais duas vítimas do soterramento no distrito de Jamapará, zona rural de Sapucaia, região do médio Paraíba, no Rio, foram enterradas na tarde desta terça-feira. Luis Carlos Nassifi e sua neta Ana Maria Nassifi Rezende, de três anos, foram sepultadas por volta das 13h30 na presença de parentes e amigos. 

A Defesa Civil continuava a procurar os ao menos 11 corpos de pessoas que ficaram soterradas em oito casas atingida por um deslizamento de terra. Rochas grandes atrapalham o trabalho das equipes de resgate. Um equipamento de triturar pedras foi enviado ao local para ajudar no trabalho de buscas.

Pela manhã cerca de 200 amigos e parentes o enterro de três pessoas da família: Tiago Lemos Carvalho, Sérgio Lemos Carvalho e Solange Lemos Carvalho, no cemitério de Jamapará. Os corpos foram velados desde a madrugada na igreja de Santana, que fica a 100 m de onde ocorreu o deslizamento.
13 corpos resgatados
Subiu para 13 o número de mortos encontrados em decorrência das chuvas e deslizamentos de terra. Somente nesta terça, cinco corpos foram localizados onde oito casas foram soterradas na altura do km 108 da BR-393.
igreja de Santana, localizada a 100 m de onde ocorreu a tragédia, recebe os corpos das vítimas do deslizamento para velório.
Recursos
A Prefeitura de Sapucaia espera há um ano por verba de R$ 9 milhões para recuperação de encostas e outras obras de prevenção de desastres.
De acordo com o prefeito Anderson Zanon (PSD), a administração municipal dispõe de poucos recursos - Sapucaia tem cerca de 18 mil habitantes - e todos os anos sofre com problemas causados pelas chuvas. Só no ano passado, com os temporais do início de 2011, o município teve 26 pontes destruídas.
- Conseguimos reconstruir todas [as pontes]. Muitas eram pequenas, na zona rural. Fiz o pedido [da verba] no ano passado, mas, por causa da burocracia, até agora não recebemos.
A última vez que Sapucaia recebeu verbas para reconstrução de estragos causados pelas chuvas foi em dezembro de 2010. O bairro Barão foi praticamente destruído naquele ano por um temporal e Zanon conseguiu dinheiro federal para reconstruir o lugar.




Ajuda
Segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social, caminhões e máquinas chegam ao local a todo o momento para ajudar a localizar os corpos.
Cerca de 30 bombeiros de Carmo, Teresópolis, Três Rios e Itaipava (distrito de Petrópolis) foram deslocados para a localidade de Jamapará. No entanto, deslizamentos nas rodovias dificultaram a chegada da ajuda. Segundo a prefeitura, apenas a BR-116, caminho por Teresópolis, está completamente livre.
Áreas de risco

O prefeito de Sapucaia disse que a geografia do distrito coloca Jamapará em condições naturais de risco, já que há muitas encostas no local e moradias construídas próximas a elas. O prefeito, no entanto, não considerava o local do deslizamento como uma área de risco.
- Nunca houve uma tentativa de retirar as pessoas daquele local porque lá não era considerada área de risco. Tem casas ali bem antigas, de 40, 50 anos. Não é uma área de ocupação recente e nunca houve uma tragédia como essa antes. 

Edinho Trajano, com R7.

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