Thony Belizaire/10.01.12/AFP
Dois anos depois do devastador terremoto que arrasou o Haiti, 520 mil pessoas ainda vivem em abrigos de emergência no país, 4,5 milhões sofrem com a escassez de alimentos e 60% da população está desempregada.
A denúncia foi feita pelas agências humanitárias das Nações Unidas, que pediram que a comunidade internacional doe para a nação caribenha R$ 416 milhões (US$ 231 milhões).
Antes do terremoto, o Haiti era o país mais pobre do continente americano. Setenta e cinco por centro da população vivia com menos de R$ 3,60 (US$ 2) por dia, 70% não tinha emprego fixo, 47% dos habitantes não tinham acesso a atendimento médico e apenas 5% das estradas estavam em bom estado de conservação, segundo relatório da ONU.
Os tremores de terra arrasaram mais ainda o país e mostraram que não bastava apenas construir mais casas, e sim edificar uma nova estrutura institucional que respondesse às necessidades da população.
Dois anos depois, apesar do esforço e dos enormes recursos investidos no Haiti, a situação do país ainda é precária. O terremoto de sete pontos na escala Richter, que destruiu boa parte do país em 12 de janeiro de 2010, custou a vida de 222.570 pessoas. Além disso, 300.572 ficaram feridas e 1,5 milhão desabrigadas.
Dez meses depois da tragédia, uma epidemia de cólera infectou 522.335 pessoas, das quais sete mil morreram. Vinte e quatro meses depois do ocorrido, um milhão de moradores foram realojados, cinco milhões de metros cúbicos de escombros foram retirados (o equivalente a cinco estádios de futebol) e três milhões de pessoas receberam ajuda para purificar a água que consomem. No entanto, os desafios ainda são descomunais.
Cinco milhões de metros cúbicos de escombros, por exemplo, ainda precisam ser retirados para novas casas serem erguidas. Segundo Xavier Guenot, coordenador de habitação da Federação Internacional da Cruz Vermelha, o principal problema é que "por enquanto não há como resolver a situação das 500 mil pessoas sem lar".
Guenot explicou que a maioria desses cidadãos haitianos pagava aluguel antes do terremoto. Agora, eles não só não têm dinheiro como não existem imóveis suficientes para todos.
"Portanto a solução passa por seguir construindo e reconstruindo casas. Mas fazendo isso corretamente, para evitar novos danos em caso de outro tremor", acrescentou Guenot. Corinne Momal-Vanian, porta-voz da sede das Nações Unidas em Genebra, lembrou também do desemprego que afeta 60% da população.
Ele destacou a necessidade do país atrair investimentos estrangeiros. No entanto, Momal-Vanian destacou que 400 mil pessoas trabalham em empregos relacionados à reconstrução do Haiti.
A segurança alimentar é outro dos desafios. Cerca de 45% da população, ou 4,5 milhões de habitantes, sofre com o problema, sendo que 800 mil pessoas estão em situação muito grave.
Em relação ao cólera, a boa notícia é que a taxa de mortalidade caiu até 1,3% em 2011, contra 2,4% do ano anterior. Elisabeth Byrs, porta-voz do OCHA (Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários), disse, no entanto, que a epidemia está longe de ter sido superada e que o país precisa de fundos para investir no tratamento e prevenção da doença.
Edinho Trajano com, R7.
Thony Belizaire/10.01.12/AFP
A denúncia foi feita pelas agências humanitárias das Nações Unidas, que pediram que a comunidade internacional doe para a nação caribenha R$ 416 milhões (US$ 231 milhões).
Antes do terremoto, o Haiti era o país mais pobre do continente americano. Setenta e cinco por centro da população vivia com menos de R$ 3,60 (US$ 2) por dia, 70% não tinha emprego fixo, 47% dos habitantes não tinham acesso a atendimento médico e apenas 5% das estradas estavam em bom estado de conservação, segundo relatório da ONU.
Os tremores de terra arrasaram mais ainda o país e mostraram que não bastava apenas construir mais casas, e sim edificar uma nova estrutura institucional que respondesse às necessidades da população.
Dois anos depois, apesar do esforço e dos enormes recursos investidos no Haiti, a situação do país ainda é precária. O terremoto de sete pontos na escala Richter, que destruiu boa parte do país em 12 de janeiro de 2010, custou a vida de 222.570 pessoas. Além disso, 300.572 ficaram feridas e 1,5 milhão desabrigadas.
Dez meses depois da tragédia, uma epidemia de cólera infectou 522.335 pessoas, das quais sete mil morreram. Vinte e quatro meses depois do ocorrido, um milhão de moradores foram realojados, cinco milhões de metros cúbicos de escombros foram retirados (o equivalente a cinco estádios de futebol) e três milhões de pessoas receberam ajuda para purificar a água que consomem. No entanto, os desafios ainda são descomunais.
Cinco milhões de metros cúbicos de escombros, por exemplo, ainda precisam ser retirados para novas casas serem erguidas. Segundo Xavier Guenot, coordenador de habitação da Federação Internacional da Cruz Vermelha, o principal problema é que "por enquanto não há como resolver a situação das 500 mil pessoas sem lar".
Guenot explicou que a maioria desses cidadãos haitianos pagava aluguel antes do terremoto. Agora, eles não só não têm dinheiro como não existem imóveis suficientes para todos.
"Portanto a solução passa por seguir construindo e reconstruindo casas. Mas fazendo isso corretamente, para evitar novos danos em caso de outro tremor", acrescentou Guenot. Corinne Momal-Vanian, porta-voz da sede das Nações Unidas em Genebra, lembrou também do desemprego que afeta 60% da população.
Ele destacou a necessidade do país atrair investimentos estrangeiros. No entanto, Momal-Vanian destacou que 400 mil pessoas trabalham em empregos relacionados à reconstrução do Haiti.
A segurança alimentar é outro dos desafios. Cerca de 45% da população, ou 4,5 milhões de habitantes, sofre com o problema, sendo que 800 mil pessoas estão em situação muito grave.
Em relação ao cólera, a boa notícia é que a taxa de mortalidade caiu até 1,3% em 2011, contra 2,4% do ano anterior. Elisabeth Byrs, porta-voz do OCHA (Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários), disse, no entanto, que a epidemia está longe de ter sido superada e que o país precisa de fundos para investir no tratamento e prevenção da doença.
Edinho Trajano com, R7.
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