"A mulher tem que ser respeitada. Tive dois casamentos e nunca precisei abusar de nenhuma mulher", disse Sinval Monteiro Faria, 62, durante o enterro da filha, a estudante de direito Suênia Sousa Faria, 24, morta pelo ex-professor na sexta-feira (30).
Sinval pediu que a carteira de advogado de Rendrik Vieira Rodrigues, 35, autor confesso do crime segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, seja cassada.
"Como agricultor, homem do campo e analfabeto, meu sonho era ver minha filha advogada. Quero que a Justiça entenda que nosso país tem que mudar, não suportamos mais tanta impunidade."
O namorado de Suênia, Hélio Prado, não quis falar com a imprensa, limitando-se a dizer que estava sem palavras, ao colocar uma faixa no túmulo da estudante.
Cerca de 200 pessoas acompanharam o enterro de Suênia em Taguatinga, cidade-satélite do DF, no início da tarde deste domingo.
CRIME
Rodrigues abordou Suênia na saída da sua aula na faculdade, às 14h de sexta-feira, e, armado com uma pistola.380, forçou a entrada no carro que a estudante dirigia. Ela chegou a ligar para o atual namorado, com a voz nervosa, dizendo que reataria o relacionamento com o professor.
Mas o namorado estranhou e registrou um boletim de ocorrência na 12ª Delegacia de Polícia, na cidade-satélite de Taguatinga. Enquanto isso, dentro do carro, o professor e Suênia se desentenderam. Durante a discussão, ele deu dois tiros na cabeça e um no tórax da vítima.
Depois do crime, o professor levou o corpo da vítima à delegacia, onde se entregou e disse aos policiais que estava arrependido.
De acordo com depoimentos de seus alunos na rede de relacionamentos Orkut, Rodrigues era considerado um excelente professor.
Rita Bizerra, com AB
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