O ministro do Esporte, Orlando Silva, confirmou que decidiu se afastar do governo. Segundo ele, depois de uma reunião com a presidente Dilma Rousseff e dirigentes do seu partido, o PCdoB, chegou-se à conclusão que a melhor solução seria o seu afastamento. "Essa foi a decisão que tomei", disse em entrevista no Palácio do Planalto, justificando que o PCdoB não pode ser instrumento de ataque ao governo, pois o partido participa da base aliada.
"Eu decidi sair do governo para que possa defender minha honra e meu partido", completou o ministro. "Minha honra foi ferida". Segundo Orlando, foram 12 dias de "ataque baixo e agressão vil" e nenhuma prova contra ele surgiu ou surgirá.
"Calúnias"
O ex-ministro disse que sai do cargo para poder se defender das denúncias e também para evitar que seu partido, o PCdoB, seja usado como instrumento de ataque contra o próprio governo já que a legenda compõe a base aliada no Parlamento. “Há 12 dias, estou sendo vítima de ataques baixos. Nesses 12 dias, nenhuma prova foi apresentada contra mim. Mas isso gerou uma crise política e eu tenho compromisso com esse governo.”
Orlando Silva disse que, na conversa, a presidenta exaltou seu trabalho e os cinco anos em que ele esteve à frente da pasta. “Não é possível jogar cinco anos de trabalho na lata de lixo”, disse.
Orlando Silva desafiou os jornalistas a quem concedeu a entrevista depois de sua demissão a publicar as notícias referentes à sua inocência, da mesma forma como vêm fazendo a respeito das denúncias envolvendo seu nome.
Ele disse que provará sua inocência e repetiu que “não houve, não há e não haverá” nenhuma prova contra ele. “Quero defender minha honra e espero que os senhores jornalistas dediquem as mesmas páginas para publicar as provas da minha inocência.”
“A injustiça está em calúnias ganharem ares de verdade”, finalizou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário