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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Trabalhadores lotam Assembléia para mostrar que são contra instalação de usina de cimento em assentamento

Banana, inhame, macaxeira, jerimum, feijão verde, sapota e bata-doce foram trazidos para o plenário da Assembléia Legislativa, por trabalhadores dos assentamentos da reforma agrária da grande Mucatu, que ficam nos municípios de Alhandra, Conde e Pitimbu, que lotaram as galerias.

Eles participaram da sessão especial realizada na Assembléia Legislativa para discutir as consequências da implantação de fábricas de cimento na área. A primeira fábrica está anunciada para Alhandra, dentro de um assentamento. A propositura foi do mandato do deputado estadual Frei Anastácio (PT).

Além do deputado Frei Anastácio e dos trabalhadores, estavam presentes os deputados Hervásio Bezerra, Assis Quintans, representantes da Prefeitura de Alhandra, um diretor da cerâmica Elizabeth que está com o projeto da fábrica de cimento, o superintendente do INCRA-PB, Lenildo Morais, o assessor da Fetag, Ivanildo Pereira Dantas, irmã Tânia Maria – coordenadora da Comissão Pastoral da Terra e o vereador de Alhandra, Valfredo José(PT).

Depois das discussões ficou decidido na sessão, como encaminhamento, enviar ofício, em nome do Poder Legislativo, alertando os órgãos competentes sobre os possíveis impactos ambientais e de saúde que a instalação desse tipo de fábrica causará no meio ambiente e na população. Os ofícios serão entregues a Sudema, IBAMA, Ministérios Públicos Federal e estadual, Ministério do Desenvolvimento Agrário e INCRA.

Segundo o deputado Frei Anastácio, aos ofícios, serão anexados, fotos, vídeos, apanhados taquigráficos da Sessão para que os órgãos tomem conhecimento dos debates sobre a área envolvida e mostrando que as famílias de trabalhadores não aceitam a instalação de fábricas dentro dos assentamentos”, informou Frei Anastácio.

Segundo Frei Anastácio, na área para onde a fábrica está sendo anunciada vivem e trabalham 1.500 famílias que tiram o seu sustento e comercializam a produção. “No entanto, estas famílias encontram-se ameaçadas de perderem a área de plantação para a instalação de uma fábrica de cimento. Ou seja, o Poder Municipal está destinando aquela propriedade de assentamento da reforma agrária para uma empresa privada explorar o solo para a produção de cimento”, disse Frei Anastácio.

“É bom lembrar que existe projeto de implantação de outras fabricas de cimento nos assentamentos do litoral sul”, disse o deputado, destacando que é importante ressaltar que não é contra a instalação de equipamentos que gerem empregos e desenvolvimento. Ele argumenta que defende a implantação das fábricas em outra área.

Rita Bizerra, com assessoria

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