Interessados em aumentar a longevidade e diminuir os custos com a renovação dos canaviais, cerca de 50 produtores paraibanos participaram, na manhã desta quarta-feira, 21, de uma palestra sobre o Programa Nutricional Longevita, da empresa Yara Fertilizantes, realizada no auditório da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan). Responsável pela elevação do tempo de vida da lavoura de cana de açúcar de cinco para sete anos, bem como o aumento de sua produtividade - esta assegurada em pelo menos duas folhas a mais por planta no Nordeste, o Programa consiste no manejo diferenciado do Nitrogênio e do Fósforo, na aplicação uniforme desses elementos sob o solo e no uso de micronutrientes que oferecem muito mais vigor às raízes da Cana. A tecnologia, trazida da Noruega, já é utilizada por alguns produtores paraibanos há três anos.
Segundo o engenheiro agrônomo da Yara Fertilizantes, Renato Oliveira, que proferiu a palestra Tecnologia Longevita – Mais produtividade e mais Cortes na Asplan, o Programa Nutricional Longevita é baseado na utilização de dois importantes compostos de multinutrientes, o YaraMila e YaraVita. O grande diferencial desses produtos em relação a outros que existem no mercado, disse ele, está na eficiência nutricional que cada um deles proporciona aos canaviais. O uso da tecnologia, assegurou o palestrante, proporciona uma série de benefícios, dentre eles, a redução dos custos do produtor com a área a renovação dos canaviais. “As experiências pelo Brasil todo é de que aquele produtor que todos os anos faz a renovação de 20% de seu canavial, com o uso da tecnologia passa a fazer a renovação de 14%”, afirmou.
A redução, justificou Renato, tem relação com a qualidade nutricional da cana, que com o uso do YaraMila, passa a ter uma vida útil mais longa e a oferecer mais cortes. “Uma mesma planta, que tinha uma vida média de cinco anos aqui no Nordeste, com o uso do YaraMila, passa a ter sete”, disse, destacando também o aumento da produtividade. “Até mais folhas ela passa a proporcionar. Aqui no Nordeste, é possível aumentar em mais duas”, continuou, apresentando o produto ao público.
De acordo com o agrônomo, o segredo do YaraMila está na configuração de seu composto de NPK (Nitrogênio, Fósforo e Potássio), que é vendido sob em forma de grão perolado (prills). “Quando a mistura é jogada solta nos campos, sempre acontece de cair mais fósforo em um lugar, mais nitrogênio em outro. Em algumas partes, portanto, o solo sempre terá a carência de um ou outro nutriente, o que não acontece com o uso do YaraMila, pois ele nutre por igual o espaço”, explicou o agrônomo, apresentando imagens de canaviais com mudas uniformes e quase nenhuma ‘mancha’ ou ‘buraco’ no campo. “Elas crescem com uniformidade”, acrescentou. Além disso, no grão perolado, o Nitrogênio e Fósforo também são diferenciados e promovem uma maior absorção de nutrientes.
Para o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Raimundo Nonato Siqueira, o produto adquire grande importância para os produtores nordestinos, que precisam, mas do que nunca, abraçar as novas tecnologias para a otimização de seus campos. “A lavoura hoje não está pensando mais em cinco cortes, mas em sete mesmo. Em Alagoas eles já conseguiram isso, assim como em outros países, onde os produtores de cana já conseguem 12 folhas, enquanto aqui conseguimos no máximo cinco”, observou o dirigente, agradecendo a presença e a disponibilidade da Yara em trazer o conhecimento técnico para os produtores paraibanos. “Temos que lutar por longevidade, por isso, a Asplan trouxe a Yara, que luta pelos menos objetivos que nós e esteve aqui nos apresentando essa tecnologia”, concluiu Nonato.
Rita Bizerra, com assessoria
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