Na segunda, quatro pessoas foram ouvidas, entre elas Nayara e um policial militar
O julgamento de Lindemberg Alves, acusado de matar a jovem Eloá Pimentel, em outubro de 2008, deve continuar nesta terça-feira (14) com o depoimento das testemunhas do crime. A juíza Milena Dias, que encerrou o primeiro dia do júri por volta das 20h de segunda-feira (13), disse que vai recomeçar os trabalhos às 9h.
Na segunda, quatro pessoas listadas pela acusação foram ouvidas, desde a adolescente Nayara Rodrigues, que passou grande parte do sequestro ao lado da amiga Eloá, até o sargento Atos Valeriano, que conduziu o início das negociações com Lindemberg. Além deles, prestaram depoimento dois jovens que também estavam no apartamento quando o réu invadiu o local armado.
Ainda faltam prestar depoimento outras 12 testemunhas, entre elas a mãe de Eloá, Ana Cristina Pimentel, policiais militares, um delegado da Polícia Civil, peritos e jornalistas.
A previsão inicial é de que o julgamento termine na quarta-feira (15).
1º Dia
Durante seu depoimento na segunda, Nayara afirmou que Lindemberg sempre teve intenção de matar Eloá. O depoimento começou por volta das 15h e terminou duas horas depois
- Ele falou que iria matá-la e sair andando, se Eloá estivesse sozinha no apartamento.
Segundo Nayara, Lindemberg chegou a falar para o pai da Eloá de sua intenção de matar a adolescente de 15 anos.
- Ele falou para o pai [da Eloá] que se ela não fosse dele não seria de ninguém [...] A intenção dele era matá-la, não tinha muito que negociar. Ele era irredutível.
Já o policial Atos Valeriano disse que Lindemberg afirmou ter atirado contra ele “para provar que não era bonzinho”. De acordo com o PM, essa foi a resposta que obteve do réu quando o questionou sobre o disparo.
A partir de então, o policial passou a se esconder atrás de uma parede. Solicitado por Lindemberg para que mostrasse o rosto, o sargento foi alvo de um novo disparo. Valeriano contou que a bala atingiu a parede cerca de 30 cm acima de sua cabeça e que pode sentir areia caindo sobre seu cabelo.
Ainda de acordo com Valeriano, Lindemberg alterava dois estados de humor. Em alguns momentos, ele o ofendia e o xingava. Em outras horas, ele conversava. Entretanto, segundo o policial, sua intenção quanto ao desfecho do sequestro foi sempre a mesma.
- Desde o primeiro momento, ele disse que iria matar os quatro reféns e se matar. Após as duas primeiras vítimas serem liberadas, dizia que iria matar as duas [restantes] e se matar.
- Teve uma hora que ele disse que ninguém sairia vivo de lá. Ele apontava a arma para todos nós. Outra hora ele dizia que mataria Eloá e depois se mataria.
Após o término do primeiro dia de julgamento, Lindemberg foi levado para o CDP (Centro de Detenção Provisória de Pinheiros), na zona oeste de São Paulo, onde deveria passar a noite.
Assista ao vídeo:
Edinho Trajano, com R7.
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