A entrada de dólares no Brasil foi superior à saída e o resultado do fluxo cambial brasileiro ficou positivo em US$ 65,27 bilhões no ano passado, segundo dados divulgados pelo Banco Central. Em relação a 2010, houve um crescimento de 168,3%, quando a entrada de dólares no país somou US$ 24,35 bilhões. O montante representa o segundo maior ingresso anual de dólares da história, perdendo apenas para 2007, quando entraram US$ 87,45 bilhões no país.
O principal responsável pela entrada de dólares voltou a ser o comércio exterior. No ano passado, o ingresso de recursos via exportações superou em US$ 43,950 bilhões a saída para pagar a compra de importados. Ao total, o Brasil recebeu US$ 251,185 bilhões por vender mercadorias e serviços ao exterior e pagou US$ 207,236 bilhões por comprar em outros países. É a primeira vez desde 2008 que a entrada de dólares pelo comércio exterior supera a participação das operações financeiras.
Na conta financeira, 2011 terminou com entrada de US$ 21,329 bilhões, cifra 18% menor que a verificada em 2010. Nesse valor estão incluídas transações como compra e venda de ações e títulos de renda fixa, empréstimos, remessas de lucros e investimentos produtivos, entre outros. Nessas operações, foram registradas entradas totais de US$ 393,997 bilhões e saídas de US$ 372,669 bilhões.
Saída de moeda
Dezembro terminou com saída de dólares pelo terceiro mês consecutivo em 2011. Segundo dados do Banco Central, o Brasil perdeu US$ 1,943 bilhão no último mês do ano passado. O valor é 106,3% maior que o fluxo cambial também negativo observado em novembro, quando US$ 942 milhões deixaram o País.
Segundo o BC, houve saída de recursos do Brasil graças às operações financeiras, responsáveis por US$ 3,625 bilhões terem deixado o País. Nesse valor estão incluídas transações como compra e venda de ações e títulos de renda fixa, empréstimos, remessas de lucros e investimentos produtivos, entre outros. Houve entrada de US$ 40,492 bilhões no mês passado, valor superado pelas saídas de US$ 44,117 bilhões.
Edinho Trajano, com Agência Brasil
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