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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Asplan aponta os principais problemas da produção de Cana na PB durante Conferência Estadual de Desenvolvimento Rural


Diretor da Asplan, José Inácio de Morais, falou em nome dos produtores canavieiros
O Governo do Estado agora possui um rico material para a formulação de políticas públicas para o desenvolvimento do agronegócio paraibano a partir de 2012. Foi com esse entendimento que o Grupo de Trabalho da Cana de Açúcar deixou, nesta terça-feira (06), o auditório do Espaço Cultural, em João Pessoa, após apresentar todas as demandas do setor produtivo canavieiro na 2ª Conferência Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário. Expostos pelo diretor e ex-presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais, as sugestões dos produtores para o desenvolvimento da produção incluem o melhoramento da infraestrutura rodoviária, implantação de sementeira no estado, convênios para melhoramento varietal e o estudo detalhado dos solos paraibanos, principalmente nas regiões produtoras de Cana.
Mas, antes de iniciar sua fala a respeito das demandas do setor, José Inácio introduziu sua exposição com uma breve apresentação da produção de cana na Paraíba, contextualizando e o que ela significa para a economia do estado. Segundo ele, a Paraíba hoje possui 123.691 hectares de área plantada e uma produção de 5.646.151 toneladas. Esses dados, no entanto, não são estáticos, mas, eles significam emprego direto para28.230 pessoas e emprego indireto para outras 84.690 pessoas que sobrevivem da cultura da cana de açúcar.
Além disso, José Inácio também mostrou aos conferencistas que de um total de 1598 plantadores de cana em todo o estado, 1324 produtores (82,96%) são considerados pequenos produtores, o que projeta a necessidade de planejamento e criação de políticas públicas para o desenvolvimento econômico da classe, responsável por um dos mercados que mais se expandem no país. “Temos uma realidade em que vemos o número de carros aumentar, assim como a necessidades por etanol e a produção de cana não acompanha esse crescimento. Isso porque temos grandes dificuldades para produzir”, disse citando as demandas do setor.
A primeira delas foi a necessidade de melhoramento da malha rodoviária do estado para o escoamento da produção. Segundo o diretor da Asplan, as melhorias têm sido muitas vezes, realizadas pelos donos das unidades industriais que processam a cana no estado, quando essa é uma atribuição do Governo. Outras demandas apresentadas foram a necessidade de convênio entre Emepa, Embrapa e Asplan, para viabilizar o melhoramento varietal e oferta de cana semente para os pequenos e médios produtores, bem como aos engenhos do brejo e sertão paraibano; a implantação de sementeira de cana de açúcar na estação estadual de Alagoinha para atender aos produtores do brejo; a melhoria da infraestrutura da Sudema para agilizar o atendimento aos produtores e a realização de estudo dos solos das regiões  produtoras em geral.
Além disso, os produtores de Cana também solicitaram mais investimentos para ampliação da produção de controladores biológicos de pragas e para a formulação de parcerias público-privadas para engrossar a presença de técnicos a disposição dos produtores. No que se refere à questão financeira, os produtores de Cana demandaram que o executivo estadual interfira junto ao governo federal no sentido de negociar o passivo do setor. Por fim, também foi requerida a implantação de uma misturadora de adubo no estado da Paraíba visando à redução de custos na atividade canavieira.
Os apontamentos serão incluídos em um documento final que será divulgado em cerca de oito dias e abrangerá 16 setores produtivos da Paraíba, dentre eles, irrigação, bovinocultura, caprionovinocultura, piscicultura e aqüicultura, atividades não agrícolas, algodão, horticultura, orgânicos/agroecológicos, fruticultura, apicultura/meliponicultura e desenvolvimento territorial. Todos esses setores estiveram reunidos em Câmaras Temáticas na tarde anterior à apresentação de suas demandas. Integraram a Câmara temática da Cana, Rômulo Araújo Montenegro – Secretário Adjunto – SEDAP; José Inácio de Morais Andrade – ASPLAN; Vamberto de Freitas Rocha – ASPLAN; Thybério Luna Freire – ASPLAN; Henrique Paz de Oliveira – EMATER e Francisco de Assis Vilar – EMATER.

Rita Bizerra, com assessoria

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