A distribuição de renda no Brasil ainda é bastante desigual, apontam os dados do Censo Demográfico 2010. Os resultados mostram que, apesar da média de R$ 668, 25% das pessoas possui rendimento médio mensal de até R$ 188, o que equivale a cerca de R$ 6,25 por dia, e metade da população tem rendimento per capita de até R$ 375, menos do que o valor do salário mínimo em 2010 (R$ 510).
O índice de Gini*, que mede o grau de desigualdade na distribuição de renda entre 0 e 1, registrou um total de 0,526 no nível brasileiro. O Centro-Oeste (0, 544) é a região com maior diferença na distribuição de renda, seguida pelo Nordeste (0,530), Norte (0,526), Sudeste (0,511) e Sul (0,481).
De acordo com o Censo 2010, a incidência de pobreza é maior nos municípios de porte médio, com população de 10 mil a 50 mil pessoas. A proporção média de habitantes que vivem com até R$ 70 de rendimento é de 6,3%. Já nos municípios com 10 mil a 20 mil habitantes, a proporção chega a ser duas vezes maior (13,7%).
Nas cidades com mais de 500 mil habitantes, menos de 2% da população vive com até R$ 70 e apenas ¼ das pessoas vivem com até meio salário mínimo de rendimento domiciliar.
*O valor do índice ou coeficiente de Gini varia de 0, quando todos os indivíduos ganham o mesmo valor, a 1, quando apenas um indivíduo concentra toda a renda da sociedade.
Edinho Trajano.
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