A reforma ministerial, agendada para o ano que vem, já virou pauta da conversa da presidente Dilma Rousseff com os partidos da base aliada. Hoje à noite, a presidente recebe para um jantar no Alvorada o presidente do PT, o deputado estadual Rui Falcão (SP).
Do cardápio, além da mexida na Esplanada, constavam pelo menos mais dois assuntos: uma radiografia sobre os candidatos do PT e as alianças para as eleições municipais do próximo ano e a avaliação sobre o comportamento da base aliada e dos petistas nas votações importantes da reta final dos trabalhos do Congresso - Orçamento, DRU e Previdência Complementar dos Servidores.
A reforma ministerial é o ponto mais encruado porque o PT não está gostando da ideia de perder ministros na fusão de algumas pastas planejada pela presidente. Já o PMDB, por meio do seu presidente, o senador Valdir Raupp (RO), reagiu provocando os petistas ao dizer que o partido "dá total apoio ao enxugamento da máquina (da Esplanada)". Ainda acrescentou: "É muito positivo e coerente agregar alguns dos 38 ministérios."
Segundo assessores da Presidência, Dilma quer aproveitar a desincompatibilização dos ministros que vão disputar as eleições municipais, no ano que vem, para fazer a reforma - é o caso do atual ministro da Educação, Fernando Haddad, que vai disputar a prefeitura de São Paulo. Além da troca desses ministros, Dilma confidenciou o plano de incorporar as mulheres no guarda-chuva do Ministério dos Direitos Humanos, dirigido por Maria do Rosário, que também abrigaria Igualdade Racial.
O PT resiste a essa fusão, alegando que esses ministérios representam "conquistas" dos movimentos sociais e custam pouco dinheiro do Orçamento. É provável que a presidente só mantenha a Secretaria de Políticas para as Mulheres por seu caráter simbólico.
Edinho Trajano.
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