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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Maranhão silencia sobre denúncia de recebimento de doação de grupo fraudador do Detran


Maranhão silencia sobre denúncia de recebimento de doação de grupo fraudador do Detran
R$ 495 mil: Maranhão silencia sobre denúncia envolvendo recebimento de doação de grupo fraudador do Detran
A reportagem do portal PB Agora conversou com o ex-governador José Maranhão (PMDB) na manhã desta segunda-feira (28) para tentar saber da versão do peemedebista sobre o recebimento de mais de R$ 1 milhão doado por grupo fraudador do Detran-RN, para a campanha de 2010.

Foram R$ 495 mil doados, em condições legais, ao candidato do PMDB e então governador do Estado, José Maranhão, na tentativa de assegurar que ao grupo seria entregue o serviço de inspeção veicular ambiental. Todas o esquema na PB, revelou o MP, foi igualmente monitorado pelo advogado e empresário George Olímpio. Em rápido contato telefônico, Maranhão, ao ser indagado sobre a denúncia preferiu primeiro saber qual seria o veículo de comunicação que estava tentando fazer a reportagem.  

Apesar de ter o conhecimento que era o portal PB Agora, o ex-governador preferiu se calar diante da enxurrada de evidências apontadas na denúncia publicada em um veículo de comunicação do Rio Grande do Norte.

“Eu não quero falar sobre esse assunto”, disse já querendo encerrar a ligação.

A reportagem do PB Agora insistiu e Maranhão disse que estava em deslocamento, do interior para a Capital e que a ligação estava ruim. Literalmente fugindo do assunto, o peemedebista despistou a repotagem.

“Não estou escutando, alô, alô, alô”, finalizou Maranhão.

Ao tentarmos retornar o contato, Maranhão novamente atendeu e novamente preferiu não comentar o assunto. Ainda não se sabe se o cacique peemedebista irá se pronunciar oficialmente sobre a denúncia que foi veiculada em um veículo de comunicação do Rio Grande do Norte, neste domingo (27).

Entenda o caso 

Grupo investiu mais de R$ 1 mi para fraude na Paraíba

Esquema no estado vizinho com inspeção veicular só não deu certo em virtude de instrumentos da administração; no RN, desvios seriam bilionários

Para o grupo envolvido em fraude ao Detran e que foi denunciado pelo Ministério Público nesta semana, na Operação Sinal Fechado, o montante de R$ 1 bilhão que seria alcançado com inspeção veicular só no RN não era suficiente.  

Os tentáculos da organização eram discretos. Após o RN, começaram a se estender pela Paraíba utilizando semelhante tática aplicada no Estado: a corrupção de agentes públicos. No caso da PB, há um aditivo: as fraudes são federais, porque os envolvidos no esquema burlaram o sistema eleitoral com doações irregulares.  

Foram R$ 495 mil doados, em condições legais, ao candidato do PMDB e então governador do Estado, José Maranhão, na tentativa de assegurar que ao grupo seria entregue o serviço de inspeção veicular ambiental. Todas o esquema na PB, revelou o MP, foi igualmente monitorado pelo advogado e empresário George Olímpio.  

Uma interceptação telefônica revela que George Olímpio foi o responsável por doar ilegalmente R$ 600 mil. O propósito do grupo a princípio era fazer com que a Planet Business, que cuida do registro de financiamento de veículos, fosse contratada em regime emergencial na PB, a exemplo do RN.  

Ironicamente, o grupo que administrava o Estado perdeu com uma margem apertada para a oposição. Isso não desmotivou a organização, que só desistiu de vez quando a atual administração da PB sancionou lei na qual determina que inspeções só serão feitas em veículos com no mínimo dez anos de idade. No RN, eram para todos.  

Outro problema que pesou contra o grupo foi aprovação de lei, determinando ao Detran, e tão somente a ele, a realização da inspeção veicular, sem terceirizações. Além da PB e RN, o esquema foi espraiado por Alagoas, Ceará, Pará, Minas Gerais e São Paulo, na qual o prefeito Gilberto Kassab teve os bens declarados indisponíveis pela Justiça por suposto envolvimento com o grupo.


Edinho Trajano, com Márcia Dias/ Henrique Lima

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