
Na terça-feira, o premiê italiano prometeu deixar o poder assim que o pacote de austeridade fosse aprovado pelo Parlamento. A decisão pela renúncia foi tomada após o Orçamento ter sido aprovado por 308 votos, oito a menos do que a maioria absoluta de 316, em uma votação que contou com 321 abstenções. A perda da maioria tornou insustentável a permanência de Berlusconi no poder.
Berlusconi chegou ao palácio em meio a um comboio de carros oficiais e foi recebido por uma multidão que gritava "palhaço" e erguia cartazes que diziam "Bye, bye, Berlusconi". Pouco antes, o magnata havia dito a um grupo de jornalistas que ficou sentido pelas vaias que recebeu após a votação do Parlamento neste sábado. "Foi algo que me doeu profundamente", afirmou.
Antes de sua chegada, um coral de 'Aleluia', de Handel, apresentado por dezenas de cantores e músicos clássicos, postou-se em frente do Palácio de Quirinale enquanto italianos e turistas se reuniam em Roma à espera do fim do reinado marcado por escândalos de Berlusconi.
O respeitado ex-comissário europeu Mario Monti continua o favorito para tentar pôr fim aos problemas de dívida do país como líder de um governo de transição, mas os aliados de Berlusconi continuam divididos em apoiá-lo para o cargo. Sua oposição não prejudicará os planos de Napolitano de pedir a Monti que forme um governo interino após a renúncia de Berlusconi, mas provavelmente atrapalhará os trabalhos de um futuro governo.
Edinho Trajano.
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