O governador Ricardo Coutinho disse que o Estado tomou a decisão certa ao contratar a Cruz Vermelha brasileira para realizar uma gestão compartilhada do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. Segundo ele, os avanços já se expressam nas metas e na qualificação do serviço oferecido à população.
“O atendimento do Trauma melhorou e vai melhorar cada vez mais. O Estado não abriu mão da sua direção, mas criou um sistema de gestão onde pode acompanhar e cobrar pelas metas traçadas visando oferecer um serviço público e de qualidade para o povo”, afirmou nesta segunda-feira (3), durante entrevista no programa semanal Fala Governador, transmitido em rede pela rádio Tabajara.
O governador garantiu que desde o início da gestão compartilhada com a Organização Social da Cruz Vermelha o Hospital de Trauma vem a cada dia superando um processo de crise bastante antigo. “A população se lembra que o hospital vivia um longo processo de crise em que não se atendia o paciente por falta de leitos, ou não se atendia dentro da necessidade de tempo necessário para o atendimento de urgência”, lembrou.
Ricardo Coutinho informou que em menos de três meses da gestão pactuada, o hospital alcançou 80% do total de 36 metas estratégicas traçadas em contrato. Ele destacou algumas metas como a diminuição da taxa de reinternação da UTI, diminuição de 60 minutos para 36 minutos do tempo da entrada do paciente no hospital até a realização de uma cirurgia de emergência, ampliação de procedimentos médicos e realização de cirurgias.
Sobre a votação da Medida Provisória pela Assembleia Legislativa da Paraíba nesta semana, Ricardo disse que espera que o bom senso prevaleça e os deputados aprovem a matéria como forma de garantir a melhoria do atendimento no Hospital de Trauma. “Espero que o plenário da Assembleia Legislativa corrija o erro da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que votou pela inconstitucionalidade da matéria. Acredito no bom senso dos parlamentares, pois a saúde pública não pode ser tratada com partidarismo”, ressaltou.
Durante a entrevista, o governador informou que 19 estados do país tiveram leis aprovadas que permitem a contratação de Organização Social na saúde e não entende o porquê de só na Paraíba alguns parlamentares de oposição considerarem inconstitucional. Ele informou que em Tocantins as organizações sociais administram 17 hospitais estaduais; em São Paulo, 37 hospitais, 38 Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs), um centro de referência, duas farmácias e três laboratórios de análises; na Bahia seis hospitais e um centro geriátrico e no Pará cinco hospitais.
Ricardo destacou, ainda, que conversou com a presidente Dilma Rousseff, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aluísio Mercadante, o governador de Sergipe, Marcelo Deda, o governador da Bahia, Jacques Wagner, ambos do PT, e todos são a favor e sabem que existem circunstância onde são necessárias as organizações sociais. “O próprio ex-governador José Serra (PSDB) e o ex- secretário de Saúde do Estado, José Maria de França, também se mostraram favoráveis as OS na saúde. O que demonstra que gestores de vários partidos vêm as OS como importantes para auxiliar o poder público numa área tão complexa como a saúde”, finalizou.
Edinho Trajano, com Governo da Paraíba.
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