O ex-ministro deixou o governo Dilma em junho, após denúncia de que o petista aumentou seu patrimônio em 20 vezes no período de quatro anos
A Procuradoria da República no Distrito Federal confirmou ontem ter encontrado indícios de crime nos negócios particulares do ex-ministro Antonio Palocci e ter instaurado procedimento para analisar abertura de inquérito criminal. O jornal Folha de S.Paulo revelou ontem que a investigação na área cível sobre as atividades de consultoria de Palocci esbarrou em indícios de prática de crime e que o MPF se prepara para abrir inquérito criminal.

Gurgel foi consultado porque em junho mandou arquivar requerimentos assinados por congressistas do PSDB, PPS, PsOL e PMDB pedindo investigação sobre os negócios de Palocci. Ele alegou na época falta de provas.
Na nota divulgada ontem em que confirma a análise de abertura criminal, o MPF não se contrapôs a Gurgel: “A comunicação reúne informações que não foram citadas, implícita ou explicitamente, na decisão de arquivamento da representação criminal divulgada pela imprensa e analisada no bojo do inquérito civil”. As representações dos parlamentares contra Palocci tinham como base reportagens que revelaram que ele havia montado uma consultoria que faturou R$ 20 milhões no ano eleitoral de 2010, comprado imóveis no valor de R$ 7,2 milhões à vista e multiplicado por 20 seu patrimônio em quatro anos.
O advogado do ex-ministro, José Roberto Batochio, afirmou que acompanha, desde o início, as investigações do Ministério Público Federal na área cível e que “não existe absolutamente nenhum fato novo” que justifique um outro inquérito na área criminal.
Caseiro
Não é a primeira vez que o procurador Gustavo Pessanha Velloso atua em caso envolvendo Palocci. Ele também trabalhou na investigação sobre a quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa, episódio que derrubou Palocci do Ministério da Fazenda em 2006. (da agência Folhapress)
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
A falta de explicações sobre os seus negócios levaram Antonio Palocci a deixar a Fazenda no recém-instalado governo Dilma Rousseff (PT) e iniciaram uma crise que já derrubou outros quatro ministros.
Edinho Trajano, com JH.
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