
A ex-senadora, que foi candidata à Presidência da República na última eleição, disse que hoje existe um “descolamento” entre a representação política e o cidadão, que por não querer mais ser um “espectador da política” tem ido às ruas para protestar. Ela citou como exemplo manifestação em Brasília, que reuniu 20 mil pessoas no dia 7 de setembro. “É um movimento da borda, é uma borda que se movimenta na tentativa de encapsular o centro”, disse. “E, quando vão às praças, vão para dizer que estão tentando recolher essa representação e assumir para si esse lugar”.
Marina também falou sobre sinais de falta de credibilidade da sociedade com os partidos políticos. De acordo com ela, as siglas deixaram de ser um espaço para discussão de ideias e propostas. “Não é que tenhamos de desqualificar as instituições, os partidos, só por desqualificar. É que, na maior parte, eles se foram transformando em projetos de poder pelo poder”, explicou. “A juventude sente o cheiro do sonho, da esperança, daquilo que precisa de investimento, de energia, de utopia para se mover. E os partidos se tornam conservadores e estagnados, quando os jovens já não querem saber deles”.
Edinho Trajano.
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