O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que seu favorito para concorrer à Prefeitura de São Paulo é o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, mas que apoiará a senadora e ex-prefeita Marta Suplicy caso ela vença as prévias do partido. “Meu candidato será quem ganhar as prévias. Todo mundo sabe que eu gostaria que fosse o Haddad. Mas quem ganhar será meu candidato”, disse ele a jornalistas em Des Moines (EUA), onde recebeu um prêmio.
Indagado sobre a senadora Marta Suplicy, Lula disse que a “adora” e que pode apoiá-la. “Se passar na prévia, será minha candidata.” O ex-presidente lançou Haddad para disputar a candidatura com quatro petistas.
Determinado a ter um aliado na Prefeitura de São Paulo para romper a hegemonia do PSDB no Estado, pode vir a contar com mais dois nomes da sua base fora do PT: o deputado Gabriel Chalita (PMDB) e o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, que acaba de trocar o PMDB pelo PSD. Mas, embora tenha confirmado que conversou com Meirelles sobre a decisão de se filiar ao partido do prefeito Gilberto Kassab, Lula não discorreu sobre o fato de o aliado ter também transferido seu título de eleitor de Goiânia para São Paulo. “Não sei se ele tem pretensão de ser candidato. A única coisa que conversei com o Meirelles é que ele queria sair do PMDB, e a janela era agora.” Meirelles se filiou ao PSD na data-limite, dia 7.
Lula foi a Des Moines, Estado de Iowa, receber o World Food Prize, uma honraria de US$ 250 mil (R$ 434 mil) conferida pela fundação homônima que foca a segurança alimentar. Nesta 25ª edição, pela primeira vez, foram dois políticos que dividiram o cheque: Lula e o ex-presidente de Gana John Kufuor. Ele insistiu que para aplacar a crise econômica global é preciso converter pobres em consumidores.
Edinho Trajano, com Assessoria.
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