Segundo os especialistas, o mercado ainda reflete o mau humor de segunda-feira, quando os mercados europeus fecharam em forte baixa
A Bolsa de Nova York terminou em queda pela terceira sessão consecutiva nesta terça-feira, 6, não sendo capaz de resistir ao acirramento dos temores de mercado sobre a crise da dívida na Europa: o Dow Jones fechou em baixa de 0,90% e o termômetro da tecnologia, Nasdaq, fechou em queda 0,26%.
Após ter registrado fortes perdas durante a manhã, os índices de Wall Street se recuperaram na segunda metade da jornada, mas não conseguiram terminar o dia no azul.
"Estou surpreso pela resistência do mercado em subir", comentou Michael James, da Wedbush Securities.
Nesta terça-feira, 6, o setor tecnológico arrastou consigo o mercado e os valores sofreram fortes perdas durante as últimas três sessões, explicou o analista.
Segundo os especialistas, o mercado ainda reflete o mau humor de segunda-feira, quando os mercados europeus fecharam em forte baixa, enquanto que o mercado de Nova York estava fechado devido ao feriado do "Dia do Trabalho" nos Estados Unidos.
As más notícias se acumularam no velho continente: Grécia e Itália aceleraram seus programas de austeridade frente a uma crise de confiança cada vez mais forte nos mercados da dívida.
Na Alemanha, o partido da chanceler Angela Merkel sofreu uma derrota nas eleições regionais. De acordo com os analistas políticos, a chanceler tem perdido apoio da população devido ao descontentamento dos alemães em relação a sua gestão da crise.
Estas notícias, somadas às cifras decepcionantes sobre emprego nos Estados Unidos - divulgadas na sexta-feira - deixaram em segundo plano um indicador econômico positivo: o índice ISM de atividade do setor de serviços, que subiu em agosto nos EUA, refletindo uma aceleração inesperada do crescimento do setor.
"É uma nova jornada, mas o mercado segue enfrentando os mesmos problemas: o resgate da Grécia e o fato de que não temos tido boas cifras sobre o emprego há seis meses" nos Estados Unidos, disse Mace Blicksilver, da Marblehead Asset Management.
Edinho Trajano, com AFP.
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