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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Parlamentares e ministros abrem guerra contra Caixa


Parlamentares e ministros viraram aliados numa guerra contra a Caixa Econômica Federal. Apesar de estatal, o banco quer quase dobrar a taxa cobrada para fazer o repasse do dinheiro das emendas dos parlamentares para municípios de suas bases eleitorais.

As discussões esquentaram porque nesta semana o Planejamento começa a liberar recursos das emendas parlamentares do Ministério das Cidades referentes a 2011. Sem a renovação do contrato, os municípios correm risco de ficar sem o dinheiro.

A Caixa presta serviço para 17 ministérios e cobra taxa de até 2,5% do valor repassado. O banco, que praticamente monopoliza o repasse desses recursos do Orçamento da União, no rastro da negociação dos contratos vencidos, está querendo elevar os ganhos e aumentar a taxa para 4,5%.

A queda de braço do momento é com o Ministério das Cidades, o primeiro na lista de renegociação. Depois será a vez do Turismo e dos Esportes discutirem seus contratos, também já vencidos.

Os técnicos da pasta das Cidades consideram um "absurdo" a Caixa pressionar por aumento de tarifa no momento em que a equipe econômica prega contenção de gastos públicos. A proposta da Caixa só elevaria as despesas do ministério, que teria de recorrer ao Planejamento para pagar esse reajuste de tarifa.

Oficialmente, a Caixa também confirma as conversas. Mas o vice-presidente de Governo do banco, José Urbano, ressaltou que não há intenção de aumentar o valor cobrado. "Não existe esse pedido. Precisamos detalhar os procedimentos para definir o custo", afirmou Urbano. "Atendendo ao TCU, não trabalhamos abaixo do custo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Edinho Trajano, com Agência Estado.

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