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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Morrem no País nove filhos de adolescentes a cada 24 horas


Em 2009, morreram 42.684 bebês e 20% deles eram filhos de meninas de 10 a 19 anos. Entre as adolescentes de 10 a 14 anos, crescem não só os índices de gravidez como também o número de óbitos dos bebês



Acada 24 horas, nove crianças com menos de um ano de idade, filhos de adolescentes, morrem no Brasil. Em 2009, faleceram 42.684 bebês e 20% deles eram filhos de meninas de 10 a 19 anos. Os dados fazem parte do levantamento Estudo sobre as políticas públicas de proteção à saúde infantil e materna no Brasil: um olhar especial para os filhos de mães adolescentes, divulgado ontem pela ONG Visão Mundial, no Recife.
“Estamos falando do direito à sobrevivência e ao desenvolvimento da criança e do adolescente. Os números mostram que houve dupla violação. Trata-se de uma morte infantil que não deveria acontecer e da violação aos direitos da adolescente, que não tem uma política pública focada na sua particularidade, que é a de uma mulher em desenvolvimento”, afirmou a assistente social Neilza Costa, coordenadora técnica do estudo.

Os pesquisadores se debruçaram sobre dados do Sistema Único de Saúde (SUS) e de outras fontes, como o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Foi possível observar que, embora a gravidez na adolescência venha diminuindo nos últimos anos, esse fenômeno se concentrou na faixa etária de 15 a 19 anos.

Na faixa de 10 a 14 anos, não só cresce o índice de gravidez como aumenta em quase 1% ao ano o número de óbitos dos filhos dessas adolescentes. O levantamento mostrou ainda que nem todos esses bebês representam a primeira gestação. Para 233 meninas, era a segunda gravidez.

O estudo traçou também o perfil das grávidas adolescentes. São de famílias pobres, mais da metade delas é de negras ou pardas e 49% estão no Norte e Nordeste.

Iniciativas
Ana Luiza Lemos Serra, coordenadora substituta de Atenção à Saúde do Adolescente do Ministério da Saúde, afirmou que a pasta tem iniciativas voltadas para esse público, como o Programa de Saúde na Escola e distribuição de cinco milhões de cadernetas de saúde do adolescente, com instruções para o autocuidado. Mas a grande dificuldade tem sido sensibilizar o profissional de saúde. 

“Enfrentamos uma barreira que é a questão ética e moral. Alguns profissionais não concebem que uma adolescente de 11 anos possa ter relações sexuais e impedem o acesso ao contraceptivo, à informação. A gente lida com uma questão de valores. Estamos atuando para sensibilizar esse profissional para que tenha um olhar diferenciado”, disse. (das agências de notícias)


O quê?



ENTENDA A NOTÍCIA 
O estudo faz parte dos esforços da campanha “Saúde para as Crianças Primeiro”, da ONG Visão Mundial. O movimento cobra programas para levar mães adolescentes a fazerem o pré-natal com enfoque específico para elas.


Edinho Trajano, com J.H.









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