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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Ministério realiza encontro em Campina Grande para discutir a praga da Cochinilha do Carmim





Está sendo realizado na sede da Embrapa, em Campina Grande, o Encontro Técnico sobre a Cochinilha do Carmim, que está destruindo plantações em todo o Nordeste do Brasil. A iniciativa é do deputado federal Romero Rodrigues que procurou o Ministério da Agricultura a fim de debater o problema e buscar soluções com urgência.

O evento conta com as presenças de representantes do Ministério da Agricultura, secretários de Agricultura do Nordeste; superintendente da Defesa Agropecuária, Hermes Ferreira Barbosa; do diretor do Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Cósam de Carvalho Coutinho; do chefe da Embrapa, Napoleão Beltrão; do secretário de Agricultura do Estado, Marenilson Batista; dirigentes da Emater, do Banco do Nordeste, da Universidade Federal de Campina Grande, de representantes da Assembleia Legislativa, na pessoa, do deputado Assis Quintans; do presidente da Câmara Municipal de Campina Grande, Nelson Gomes, e Tovar Correia Lima; do secretário de Agricultura do Município, João de Deus, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e outras autoridades.

Está sendo elaborado um documento a ser encaminhado ao Governo Federal com vistas a cobrar uma solução com urgência para o problema.

O deputado Romero Rodrigues manifestou preocupação com a praga da cochonilha do carmim que ataca as plantações de palmas forrageiras, e já devastou mais de 100 mil hectares em 54 municípios da Paraíba, causando um prejuízo de quase R$ 500 milhões. Ele idealizou a realização de seminário com as presenças de técnicos do Governo Federal, secretários de Agricultura do Nordeste.




Conforme as informações são cerca de 10 mil produtores rurais prejudicados pela destruição nos palmais e que estão sendo obrigados a buscar formas alternativas para a sobrevivência dos animais, principalmente do gado. Os prejuízos provocados pela ação do parasita também gera desemprego e reduz a renda, principalmente em 12 municípios do Cariri Ocidental e Oriental, onde a devastação já é quase 100%.

Nessas localidades, o problema é ainda mais grave porque os agricultores têm a agricultura e pecuária como suas principais atividades econômicas. Além do Cariri, os municípios da área compreendida pela Serra de Teixeira também foram afetados. Em toda Paraíba restam apenas 80 mil hectares de palmas que inclusive já estão sujeitas ao ataque da cochonilha. Com a velocidade de propagação da praga, é possível que essas áreas remanescentes também sejam dizimadas em até um ano.

Para minimizar as dificuldades enfrentadas pelos agricultores, técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater–PB) junto com pesquisadores da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa), tem buscado soluções para sanar as dificuldades. Como ainda não existe no mercado rural nenhum tipo de defensivo agrícola capaz de combater a cochonilha, os pesquisadores e extensionistas rurais estão procurando introduzir nas áreas afetadas, uma espécie de palma conhecida como PB1, que geneticamente é resistente à praga. Porém, a planta só existe no Sertão da Bahia e custa até 50 centavos por raquete. Para obtê-la, o agricultor precisa de recursos financeiros, transporte e manuseio do produto, até às áreas rurais da Paraíba.

A cochonilha é uma praga de origem mexicana e que foi introduzida no Brasil pelo Estado de Pernambuco, para fins comerciais. “A praga da cochonilha é usada no exterior para produção de carmim, uma substância aproveitada para dar coloração a objetos, como batons, guloseimas como sorvetes e outros derivados. Ao ser trazida para o Brasil, os responsáveis perderam o controle biológico e as populações aumentaram e se espalharam por todas as áreas, principalmente Pernambuco e Paraíba”, explicou o pesquisador.







Rita Bizerra, com assessoria

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