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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Frei Anastácio diz que brasileiro ingere mais de cinco litros de veneno por ano e quer debater o assunto na Paraíba



 
O deputado estadual Frei Anastácio apresentou requerimento, na Assembléia Legislativa, solicitando a realização de sessão especial para discutir a utilização excessiva de agrotóxicos, na Paraíba. “Em nosso estado, o veneno está presente nos canaviais, nas plantações de fumo, de frutas e hortaliças consumidas in natura. Para se ter uma idéia, cada brasileiro consome, em média, 5,2 litros de veneno por ano e na Paraíba não é diferente”, denuncia Frei Anastácio.
O parlamentar informou que a sessão especial será realizada a pedido das entidades que congregam os trabalhadores da agricultura familiar, que inclusive, já desenvolvem uma boa produção agrícola sem uso de agrotóxicos. “Um dos exemplos são as 27 feiras agroecólogicas que existem na Paraíba. Cada feira vende, em média, seis toneladas de alimentos, por semana, produzidos sem nenhum tipo de veneno. O nosso objetivo é expandir cada vez mais esses conhecimentos, em parcerias com o governo federal e estadual e outras organizações interessadas numa agricultura saudável”, afirmou.
O deputado alerta que a ingestão de alimentos contaminados por agrotóxicos pode causar vários tipos de câncer, anomalias, mutações nos fetos, aborto e mortes de pessoas e animais. No Brasil, segundo ele, mais de um milhão de toneladas de veneno foram jogadas nas lavouras em 2.009. “São sete bilhões de dólares utilizados em compra de agrotóxicos no país, e a venda é controlada por apenas seis empresas transnacionais, as quais respondem por 80% do mercado internacional”, destacou.
Para o petista, a utilização excessiva dos agrotóxicos está diretamente ligada à política Agrícola adotada, que é um modelo explorador que impulsionou o aumento da produção de forma dependente de pacotes agroquímicos, adubos, sementes transgênicas e venenos. “A utilização dos agrotóxicos na agricultura contamina o ar, os rios, os açudes, as terras cultiváveis e, de forma direta, boa parte dos alimentos consumidos pela população.Dessa maneira, a contaminação passa a ser um problema de saúde pública e de degradação do meio ambiente. É preciso denunciar que o uso dos agrotóxicos afeta as pessoas do campo e da cidade, contaminando não apenas os agricultores que os produzem, como também quem os consome”,alertou.
Produção sem veneno
Frei Anstácio lembra que em contraposição a esse modelo “assassino”, aqui no estado uma grande quantidade de famílias camponesas tem consolidado sistemas de produção e distribuição agroecológicos, que utilizam, por exemplo, defensivos naturais, redes de feiras livres e bancos de sementes da paixão.
“Dessa forma, torna-se necessário unir campo e cidade na busca de alternativas na produção de alimentos que promovam qualidade de vida, do agricultor ao consumidor. Por estas razões estamos solicitando a realização de uma sessão especial na Assembléia Legislativa da Paraíba onde debateremos o assunto em pauta e construiremos os encaminhamentos adequados à produção e o consumo de alimentos da Agricultura Familiar em nosso estado”, concluiu.

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