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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Dólar sobe pela oitava vez e fecha a R$ 1,708

O nervosismo com a crise europeia empurrou a taxa de câmbio doméstica para o seu maior patamar em nove meses, próximo de R$ 1,71. 
No mercado futuro de dólar, onde se formam as expectativas para o preço da moeda dos EUA nos próximos meses, a taxa projetada para dezembro alcançou R$ 1,726 no pregão de ontem.

O risco cada vez mais alto da Grécia assumir o calote de suas dívidas e as consequências para os grandes bancos europeus, elevou o nível de tensão nas praças financeiras, principalmente no velho continente, onde a francesa amargou perdas de 4%. Em um cenário de incerteza, os agentes financeiros fugiram das Bolsas e correram para o dólar. O euro, que chegou a ser negociado por US$ 1,45 no final de agosto, foi cotado por US$ 1,35 nas operações de ontem.

No front doméstico, o dólar comercial chegou a ser trocado por R$ 1,729, o valor máximo registrado, para finalizar o expediente em R$ 1,708, em alta de 1,8%, nos minutos finais da sessão.

Em oito dias de valorização consecutiva, a divisa americana já subiu 7,6%. Desde o final de julho, quando atingiu o seu menor valor neste ano, a taxa de câmbio doméstica avançou 11,4%, por conta das turbulências de agosto.

“É possível que, devido a esses fatores pontuais, o dólar dê picos para R$ 1,73 ou R$ 1,75, mas eu não acredito que vá muito além disso”, comenta Tarcísio Joaquim, diretor de câmbio do Banco Paulista, numa referência à piora das expectativas.

O profissional lembra que foram rompidos, muito rapidamente, dois “tetos” psicológicos para o dólar: R$ 1,60 e R$ 1,70. E que há fatores macroeconômicos ainda a favor de uma contenção das taxas, entre eles, a balança comercial superavitária e as reservas internacionais robustas do país.

Apesar da disparada recente da taxa doméstica, os analistas de bancos e corretoras ainda projetam um dólar a R$ 1,60 para o final deste ano, conforme revelado pelo boletim Focus, elaborado pelo Banco Central a partir da coleta das projeções de uma centena de bancos e corretoras.

Apesar do fato de que a deterioração do cenário internacional tende a pressionar as cotações da moeda americana, economistas veem com reservas uma disparada dos preços. Lembram que o banco central americano pode inundar o setor financeiro com bilhões de dólares para estimular a economia.

Edinho Trajano, com JH.

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