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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Dinheiro some de conta e crise no PSB vira caso de Polícia

Rogério Pinheiro acusa o presidente destituído do PSB Fortaleza, Sérgio Novais, de ter retirado, em menos de um mês, R$ 140 mil da conta da sigla. Novais diz que agiu de forma a manter o funcionamento regular do partido

A crise interna no PSB de Fortaleza está longe de um desfecho e já virou até caso de Polícia. Rogério Pinheiro, 1º secretário de Finanças do partido, denuncia que cerca de R$ 140 mil foram retirados ilegalmente da conta bancária da sigla, deixando o PSB “inviabilizado financeiramente”. O responsável pelo ato que fere o estatuto do partido teria sido, segundo Rogério, o presidente destituído Sérgio Novais, que foi afastado do comando da legenda no último dia 15.

Rogério Pinheiro, que integra a parte da ala histórica do PSB que rompeu com Novais, explica que apenas ele poderia autorizar as ordens de pagamento em nome do partido. Por isso, solicitou ontem à Caixa Econômica Federal que explique como esse montante de recursos saiu da conta da agremiação. A resposta deverá sair amanhã, quando a nova direção da sigla deverá realizar um Boletim de Ocorrência na Polícia. Em seguida, acionará a Justiça para conseguir reaver os recursos.

Apesar do caso ainda não estar esclarecido, Rogério afirma ter tomado conhecimento de que Sérgio Novais enviou ofício à Caixa autorizando o 2º secretário de Finanças do PSB, Marcos Pires, a assinar os cheques em nome da sigla. “Isso é uma irregularidade grave, já que o estatuto do partido é muito claro ao dizer que o 2º secretário (de Finanças) só pode assinar se o 1º estiver impedido, o que não é o caso”, esclarece Rogério.

Ele detalha ainda que os R$ 140 mil saíram da conta bancária do PSB entre os dias 22 de agosto e 19 de setembro. A partir do dia 15 de setembro Novais já não respondia mais pelo partido. Essa foi a data em que a maioria do diretório, em um encontro conturbado, o destituiu da presidência sigla.

Somente entre os dias 22 e 24 do mês passado, teriam ocorrido saques que somam cerca de R$ 100 mil. No final, contabiliza Rogério, o que resta ao PSB de Fortaleza seria pouco mais de R$ 3,5 mil.

Rogério acrescenta que o partido, nos últimos meses, não realizou nenhum gasto que justifique uma saída tão volumosa de recursos. “Tudo isso envergonha o partido. O caso é muito grave e não condiz com partidos políticos que pregam a austeridade, a ética, o socialismo e a transparência”, reclama.

Omissão
Procurado pelo O POVO, Sérgio Novais nega que tenha subtraído recursos do PSB de forma irregular. Segundo ele, há seis meses que Rogério Pinheiro vinha se negando a assinar qualquer tipo de documento, inclusive os referentes à folha de pagamento, impostos e serviços. “Nesse contexto, o segundo tesoureiro teve que assinar diversos cheques para cobrir nossas obrigações”, esclarece o presidente destituído do PSB de Fortaleza.

Entre as despesas, Novais enumera gastos com gráficas, pesquisas de opinião e eventos relacionados às eleições municipais de 2012. “Ele (Rogério Pinheiro) vinha embarreirando, impedindo o partido de funcionar. Era um secretário omisso com suas obrigações. Nem contribuía financeiramente com o partido nem participava do seu cotidiano administrativo”, destacou. Ainda de acordo com Novais, os gastos mensais do PSB de Fortaleza giram normalmente em torno de R$ 20 mil. “Isso em termos de partido político é muito pouco”, acrescenta.

Versão que foi duramente rechaçada por Rogério Pinheiro. O 1º secretário de Finanças do PSB garante que assinou cheques referentes às despesas corriqueiras do partido. “Assinei um cheque agora em 7 de julho”, sublinha.

Por quê
ENTENDA A NOTÍCIA
A briga no PSB se arrasta há meses, desde que Eliane Novais se colocou como pré-candidata à Prefeitura de Fortaleza. A maioria do diretório da sigla foi contra e desentendimentos culminaram com a destituição de Sérgio Novais do comando do partido.

Edinho Trajano, com JH. 

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