Menos de um mês após encontro em São Paulo, a presidente Dilma Rousseff e o governador Geraldo Alckmin estarão juntos novamente na próxima terça-feira. Em agosto, a aproximação entre a petista e o tucano foi selada na cerimônia de lançamento do programa federal Brasil sem Miséria para os Estados do Sudeste. Se o primeiro encontro no Palácio dos Bandeirantes causou desconforto no PT e no PSDB, a extensão da agenda para um evento no interior do Estado promete despertar mais polêmica.
Embora o Palácio do Planalto não tenha fechado a agenda presidencial de terça-feira, a assessoria do governador dá como certa a participação da presidente na assinatura do termo aditivo para construção do trecho norte do Rodoanel, obra que é uma das principais bandeiras tucanas no Estado. O evento está marcado para as 11 horas no Palácio dos Bandeirantes.
Em seguida, Dilma e Alckmin vão até Araçatuba, no interior do Estado, para lançar, às 14h30, a pedra fundamental do Estaleiro Rio Tietê. A agenda oficial em Araçatuba, cidade administrada pelo PT, deve incluir a assinatura de um protocolo de intenções para investimento na hidrovia Tietê-Paraná.
No dia 18 de agosto, Dilma e Alckmin firmaram acordo de unificação dos programas de transferência de renda paulista e federal. Com o acordo, 1 milhão de famílias beneficiadas passaram a ter um mesmo cartão para sacar os recursos do Bolsa Família, do governo federal, e do Renda Cidadã, do Estado.
Na ocasião, a ala tucana mais crítica ao governo federal, ligada ao ex-governador José Serra, não compareceu à cerimônia. Dilma dividiu o palco com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e aceitou o convite para almoçar com os tucanos. "O grande pacto republicano e pluripartidário que estamos firmando hoje é um pacto capaz de transformar a realidade social que vivemos", comemorou Dilma durante o evento. Alckmin disse que o "período de disputa" política estava ultrapassado e que era o momento de unir esforços. "Isso se deve ao seu patriotismo, generosidade e espírito conciliador", disse o governador.
Edinho Trajano, com Agência Estado.
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