Click e leia nosso Jornal Parceiro no EUA

Click e leia nosso Jornal Parceiro no EUA
O Melhor e mais lido Jornal Brasileiro em Newark NJ

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Brasil pode ter juro de um dígito

Economistas preveem Selic abaixo de 10% no início de 2012. As estimativas do mercado foram refeitas após a decisão do Copom de reduzir a taxa de juros, mostrando um novo comportamento do BC


Resignado com o novo comportamento do Banco Central, o mercado refez cálculos e ampliou a percepção que o Brasil pode voltar a ter juro de um dígito em breve. Usando modelos de previsão semelhantes aos adotados pelo Comitê de Política Monetária (Copom), alguns economistas preveem Selic abaixo de 10% no início de 2012. E, se a crise externa piorar muito, a taxa poderia cair rapidamente para perto de 5%. 

Mesmo sem terem sido convencidos pelas explicações para o corte do juro, analistas passaram os últimos dias refazendo contas para entender o que deve acontecer com a economia comandada por esse “novo BC”. Nesse cálculo, foi preciso aumentar a dose da influência da crise global, colocar uma porção da promessa do governo de rigor com os gastos, além de incluir uma inédita pitada de ousadia do BC. Feitas as contas, alguns resultados causam espanto.

Uma das estimativas mais surpreendentes é a do banco Credit Suisse, de que a Selic deve cair de 12% para 9% em dezembro - 1,5 ponto a cada uma das duas próximas reuniões, em outubro e novembro. O corte continuaria em janeiro de 2012, quando o juro recuaria para 8,5%.

“Assumindo que a avaliação do Copom sobre o cenário global seja confirmada, mantemos a leitura que a resposta de política monetária mais adequada seria a de implementar um corte de juros expressivo de forma acelerada”, diz o economista-chefe do Credit Suisse, Nilson Teixeira, em relatório. Estimativas como essas ainda são minoria no mercado, dominado por previsões que a Selic deve ficar entre 10% e 11% na virada do ano.

A hipótese de redução mais forte presume inflação mais próxima de 6,5% para favorecer o crescimento da economia. E avança no mesmo ritmo em que piora o quadro internacional. Na ata, o BC explica que cortou o juro para reagir ao efeito da turbulência externa, que já equivale a um quarto da crise de 2008. O raciocínio dos analistas é: se piora a tensão na Europa e nos EUA, será preciso uma resposta mais forte, um corte maior do juro.

Na LCA Consultores, o economista-chefe Braulio Borges estima que a possibilidade de o Brasil ter juro de um dígito no início de 2012 é de um terço, mas tende a crescer. “Se houver calote na Grécia ou se a resistência alemã em ajudar outros países ganhar força, a hipótese aumenta bastante.”(da Agência Estado) 


ENTENDA A NOTÍCIA
A nova postura do Banco Central tem feito o mercado reduzir sua previsão de juros. Economistas preveem Selic abaixo de 10% no início de 2012. E, se a crise externa piorar, a taxa poderia cair para perto de 5%.

Edinho Trajano, com JH.

Nenhum comentário:

Postar um comentário