Fui criado ouvindo este ditado, é quase como “a cavalo dado não se olha os dentes”. Caminhando pelas ruas da nossa comunidade e trocando ideias com pessoas de todos os segmentos, recordei deste ditado baseado nas reclamações que escuto de todas as partes tais como: “Os EUA já era, essa terra não tem mais futuro”. Enfim está todo mundo esbravejando contra o atual momento, mal agradecidos que agora cospem no prato que comeram durante anos, esquecendo a vida nababesca que ostentaram durante um bom período e agora soltam a língua e apedrejam o país que nos acolheu e que muitos dos que hoje tentam esticar as pernas dormindo de favor, esquecem que toda crise é passageira. O atual momento é uma fase que em breve será ultrapassada.
Mas esta gente gosta mesmo é de falar mal de tudo e de todos: no Brasil nada presta, tudo é caro, só tem ladrões, gente feia, violência e corrupção. O engraçado em tudo isso é que toda essa gente, este bando de apedrejadores, só enviam dinheiro para o Brasil, lá constroem, vão passear, não veem a hora de ter um “green card” para ir passear no inferno chamado Brasil. Nas lojas só querem se for do Brasil. Quando aqui chegam: “Nossa! Graças a Deus estou nos Estados Unidos, Brasil nunca mais!” E por aí segue o rosário.
Para estas pessoas sugerimos enviarem dinheiro para a Suécia, Luxemburgo, Áustria, Islândia, França, Mônaco ou em último caso deixarem aqui mesmo, mas todos eles abrem a boca e a plenos pulmões falam mal do Brasil. Lá nada presta, tudo é feio, tudo é ruim. Aqui se pode ter tudo. Uns até se recusam a ensinar português para os filhos e dizem de boca cheia: “Carlos Maxwell e Uoshiton Vau Disney são americanos”. Como adoram por nomes “chics” nos filhos. Coisa de pobre. Não o pobre de recursos financeiros, mas sim o pobre de cultura. Adoram ostentar. No Brasil todos eram importantes empresários, fazendeiros e industriários. Aqui à custa de muito trabalho honesto ou de caráter duvidoso, todos fazem um pé de meia. Em muitos casos várias meias com muitas histórias sem pé nem cabeça.
Quanto a isso, nada a comentar. O que nos deixa tristes é a injustiça para com a terra que nos viu nascer. É claro que tem todo tipo de mazelas, porém nosso povo e nossa gente é digna, ordeira e trabalhadora. Tem muita gente ruim que não presta mesmo e temos muita gente boa, tanto lá quanto aqui, só que os detonadores de plantão falam mal por falar. São vassalos de uma situação, os populares puxa-sacos.
Pois é amigos, é triste ouvir da boca dessa gente que o Brasil não presta, o povo não serve para nada, que aqui é o paraíso e lá um inferno pior do que o de Dante. Estas criaturas, muitas delas, já andam por aí a falar dos Estados Unidos também, afinal são discípulos do ter, esquecendo que o ter é efêmero e volátil e o ser é uma constante.
O ser é essência e com ele conquistamos e realizamos metas e sonhos. Para o ser não existe o impossível e o inatingível, pois com trabalho, método e organização um dia chega-se ao ponto desejado: o Everest de nossas vidas. Portanto meus amigos, o Brasil presta e muito. Nosso povo presta e é gente de boa cepa, claro que tem uns que o cupim dá conta da cabeça, tronco e membros, pois como disse Caminha, “Naquela terra em se plantando tudo dá”. E deu mesmo. Muita coisa e gente boa, mas também muita alma sebosa que vive dizendo que o Brasil e no Brasil nada presta e essas ervas daninhas humanas mandam tudo para lá, constroem lá e não veem a hora de voltar. Herbicida neles, pois o Brasil é tudo de bommmmmmmmmmmmmmmmmmm. Senhores ma agradecidos de plantão, respeitem a terra que os viu nascer e esta que os acolhem e nunca se esqueçam quem dorme de favor não estica as pernas.
A todos um arroxado sampraço e um Feliz 2012.
Como tudo na vida, a crise também passará, até lá calem a boca e trabalhem mais e gastem menos.
Franciso Sampa
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