Representantes da Yara
Brasil Fertilizantes S.A. se reuniram nesta quarta-feira pela manhã, na
Secretaria de Planejamento, com representantes do Governo e de entidades produtivas
Atualmente, a Paraíba deixa de recolher cerca de R$ 5
milhões referente a ICMS por não ter uma misturadora de fertilizantes no
Estado. Os impostos oriundos da comercialização do produto ficam em Pernambuco,
Rio Grande do Norte ou outros estados do Nordeste, porque ainda não existe na
Paraíba uma indústria de fertilizantes. Além do recolhimento do imposto, os
produtores paraibanos também compram insumos com valores 12% maiores nos
estados vizinhos. Mas, essa realidade pode estar próxima de ser mudada graças
ao esforço do Governo do Estado e de parceiros da iniciativa privada, a exemplo
da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), que lutam para
trazer uma empresa misturadora. Nesta quarta-feira (04), durante uma reunião na
Secretaria de Planejamento estadual, foi dado mais um passo com esse objetivo.
Segundo o secretário de Planejamento da Paraíba, Gustavo
Nogueira, o Governo está aberto para novos investimentos que contribuam para o
desenvolvimento do Estado. “Nós estamos, inclusive investindo em
infra-estrutura, com projetos a médio e longo prazo, e daremos apoio e
incentivos a empresas que queiram investir no Estado e contribuir com o
progresso da Paraíba”, afirmou o secretário, que estava acompanhado do
secretário executivo de Agricultura, Rômulo Montenegro.
O supervisor de Mercado em PE, PB, RN e CE, Renato
Oliveira, e o Gerente de Mercado Cana Nordeste, Rodrigo Grabalos, da Yara
Brasil Fertilizantes, participaram da reunião e confirmaram que a empresa tem um projeto de crescimento
no Brasil, para os próximos cinco anos que prevê, entre outros investimentos, a
construção de uma nova fábrica no Nordeste. “O projeto da fábrica no Nordeste
já está aprovado, nós precisamos apenas decidir onde ela será instalada. Para
tanto, estamos fazendo um estudo de viabilidade para escolher o melhor local”,
afirmou Rodrigo Grabalos. Ainda segundo ele, esse estudo tem basicamente três
fases que passam pela definição do local da nova planta, a compra do terreno e, por fim, a
construção da fábrica.
Segundo o secretário de Planejamento, a Paraíba está
disposta a dar os diferenciais para que a fábrica seja instalada aqui. “Sugiro
que façamos um protocolo de intenções para que a empresa exponha neste
documento suas necessidades. No que depender do Governo do Estado, vamos fazer
o possível para que esse projeto seja instalado aqui”, reafirmou Gustavo
Nogueira.
O presidente da Asplan, Murilo Paraíso, e o diretor da
Associação, Oscar Gouvêa, reforçaram a importância do Estado ter uma fábrica de
fertilizantes. “Para quem faz agricultura na Paraíba a vinda de uma misturadora
é fundamental, muito importante, pois além de trazer desenvolvimento e
investimentos para o Estado, vai reduzir, sensivelmente, os custos na aquisição
dos produtos”, reforçaram os dirigentes canavieiros, lembrando que com uma misturadora
local, os produtores paraibanos podem adquirir adubos a preços mais acessíveis
com um custo, pelo menos, 12% menor do que hoje é adquirido em outros estados da
região. O vice-presidente da Asplan, Pedro Jorge, também participou da reunião
que contou ainda com a participação de representantes da Federação da
Agricultura e Pecuária da Paraíba (FAEPA), do Porto de Cabedelo e do
Sindálcool.
De
acordo com Rodrigo Grabalos, a Yara precisa de uma área de 5 a 7 hectares para
instalar a nova fábrica do Nordeste, que
tem uma projeção de produção de cerca de 200 mil toneladas/ano.
Edinho Trajano, com assessoria
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