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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Não se deixe iludir por falsos Profetas


Não se deixe iludir por falsos Profetas

Cuidado com os falsos profetas! Eles “vêm a vós disfarçados com peles de ovelhas, mas por dentro são Lobos vorazes”. (Mt.7-15).


Mais uma vez, vamos enfrentar a ladainha dos políticos sempre repetindo as mesmas coisas, como fazem, anos a fio.  São sempre as mesmas baboseiras. Falam mal dos governantes atuais, sejam eles quem for, que fizeram ou deixaram de fazer e prometem que, com eles, a coisa será diferente. Anunciam, com contundentes brados, com dedo em riste ou de punho fechado e com voz empostada, os problemas que todos nós já sabemos de cor e que a cada eleição são repetidos: segurança, saúde, educação, desemprego, e outros. Usam palavras de ordem do tempo de Lênin, Stalin e outros tais, por exemplo: sucatear, corrupção, desmandos, comprometimento, abaixo da linha da pobreza, despencar ou disparar nas pesquisas (para quem perde ou ganha alguns décimos de percentual nas pesquisas) etc. tudo isso ensaiado mediante orientação dos profissionais do marketing.

O interessante é que a encenação e o uso bem planejado desse vocabulário de impacto fazem com que muita gente acredite que, desta vez, com a eleição do esquentado candidato, todos os problemas serão resolvidos. Tudo vai ser diferente. Não esqueçamos de que o fato de saber recitar o nome de cada um dos problemas, de forma acalorada, na “ponta da língua” , enumerando, às vezes, soluções imaginárias não significa que o candidato tenha capacidade de resolvê-los. Muitos deles sequer tiveram alguma experiência, pelo menos em administrar uma empresa ou, então, o condomínio de um prédio, mas postulam administrar uma cidade gerenciando nossos impostos.

Querem nos fazer de cobaias. Todos os anos eles fazem isto: anunciam planos esplêndidos, discutem na mídia os problemas da sociedade e, depois, a coisa fica igualmente como estava, inclusive com a manutenção de seu status quo.

As propostas quase sempre deixam de ser calcadas em uma ideologia, em um plano que congregue as linhas (se é que existem) do partido A ou B. Ao contrário, os arranjos, associações e agrupamentos são feitos quase que exclusivamente visando a eleição desse ou daquele candidato. Ontem era inimigo ferrenho, hoje é aliado. O aliado de ontem hoje é desafeto.

Diante dessa volubilidade, das migrações, da falta de convicção partidária e fragilidade dos partidos políticos, fica difícil optar por esse ou aquele candidato. Hoje ele está aqui, pensando dessa maneira, amanhã estará aliado ao desafeto, pensando diferente. A Ética também passa ao largo na disputa pelo poder, nessa ambição. Conheço político condenado por um tribunal por falta de ética, quando gestor de recursos públicos, que hoje profere palestras sobre Ética na política.

Muitos procuram forçar uma identificação que não existe com o eleitorado. Alguns desfilam de religiosos, de cristãos, de ex-pobre, de origem humilde etc, procuram agradar ao eleitorado, não de forma a buscar soluções planejadas, definitivas e abrangentes para as mazelas da sociedade, mas simplesmente tentando ser simpáticos às causas de alguns grupos onde contam com votos. Apóiam movimentos sociais, mesmo contra a lei e ainda, com apoio de elementos da igreja, posam de salvadores do mundo e tudo que querem é a eleição ou reeleição.

Eles constroem muitas vezes uma história adaptada às suas conveniências e da sua família...

Se, pelo menos hipoteticamente, as mazelas das classes menos favorecidas desaparecessem ou fossem minimizadas, desapareceria a inspiração para os discursos e posicionamentos de muitos políticos e, com isso, desapareceria também sua fonte de votos e platéia para seus discursos inflamados. Eles terminariam sucumbindo. Para eles, a sobrevivência e manutenção da pobreza, da miséria, do desemprego, da falta de moradia é vital. Quanto pior, melhor será para eles.

Diante disso tudo fica muito difícil para a escolha do candidato certo. Talvez o exame do comportamento histórico, das ações e posicionamentos passados venha auxiliar na decisão. Não podemos perder de vista, em momento algum, que é o nosso dinheiro que irão administrar. É o nosso suado dinheiro que vai financiar seus salários, os custos de manutenção do poder e outras mordomias.

É bem oportuno o que consta em Mateus, continuando a citação inicial, sobre os falsos profetas: “por seus frutos os conhecereis. Porventura se colhem uvas de espinhos, ou figos de urtigas? Assim, pois, toda árvore boa dá fruto bom e a árvore doente dá fruto ruim. Não pode a árvore boa dar fruto ruim nem a árvore doente dar fruto bom. Toda árvore, que não der fruto bom, é cortada e lançada ao fogo. É pelos frutos que os conhecereis.” (Mt 7,16-20).

A decisão está em suas mãos amigo Leitor/Eleitor.  

Edinho Trajano. 

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