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Clara Nunes foi a primeira cantora brasileira a atingir a marca de 300 mil discos vendidos. Ao morrer, em 2 de abril de 1983, ostentando a condição de uma das maiores estrelas da MPB, deixou um legado de 16 LPs — relançados, no formato de CD, 14 anos depois —, 230 músicas gravadas e incontáveis sucessos. Pesquisadora e profunda conhecedora do folclore, das danças e das tradições afro-brasileiras e convertida à umbanda, ela volta a ser homenageada pela Portela neste ano, com o samba-enredo Sonho de carnaval.
Antes, porém, ela ganha tributo no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), com o projeto Contos de areia — 70 anos de Clara Nunes. Na abertura hoje (com direito a bis, amanhã), às 21h, vão se apresentar artistas de diferentes gerações: o veterano cantor e compositor carioca Monarco e a novata cantora paulistana Verônica Ferriani. A série de seis espetáculos prosseguirá até o dia 29, sempre de quinta-feira a domingo.
Contos de areia oferece um extenso e variado painel do repertório de Clara, que reúne músicas de diferentes gêneros e fases, compostas por mestres como Vinicius de Moraes, Cartola, Nelson Cavaquinho, Candeia, Sivuca, João Nogueira, Chico Buarque, João Bosco e Paulo César Pinheiro. A canção da qual se originou o título da série, porém, tem a assinatura dos poucos conhecidos Romildo e Toninho Nascimento.
No sábado e no domingo, sobem ao palco do CCBB as cantoras e compositoras Joyce e Teresa Cristina. Até o fim de janeiro, virão Délcio Carvalho e Maíra Freitas (19 e 20); Nei Lopes e Nilze Carvalho (21 e 22); Mariene de Castro e Pedro Miranda (26 e 27); Elton Medeiros e Fabiana Cozza (28 e 29). Eles serão acompanhados pela banda formada por Luís Filipe de Lima (violão sete cordas, arranjos e direção musical), Pedro Amorim (bandolim e cavaquinho), Zé Luiz Mia (baixolão), Alexandre Maionese (flauta), Cláudio Brito, Paulino Dias e Thiago da Serrinha (percussão).
Coisas da antiga
Em meio aos shows, serão exibidos pequenos vídeos que revelam um mosaico de histórias e impressões sobre Clara. São pontos de vista de pessoas próximas, como Sérgio Cabral, Adelson Alves, Guinga, Alcione e Agnaldo Timóteo; dos cantores participantes do projeto e de pessoas ouvidas na rua. Quem quiser saber mais sobre a homenageada poderá assistir à mesa-redonda, na próxima semana, com a participação do pesquisador e produtor Hermínio Bello de Carvalho, do cantor e compositor Nei Lopes e do jornalista Vagner Fernandes (biógrafo da cantora).
Luís Filipe de Lima, que divide a curadoria de Contos de areia com Mônica Ramalho, diz que a ideia desta maratona musical foi trazê-la para o tempo presente. “Clara permanece viva na memória de quem acompanhou sua trajetória. Há muitos jovens que conhecem parte do seu repertório por meio de pesquisa na internet. Nos seis shows da série — cada um com 16 canções —, eles terão uma noção mais abrangente do que foi deixado por essa grande intérprete”, acredita o músico, que fez novos arranjos para todas elas.
Do repertório da abertura do projeto, farão parte Jardim da solidão, Rancho da primavera e Vai, amor, compostas por Monarco — a última em parceria com Walter Rosa. Integrante da Velha Guarda da Portela, ele conheceu Clara no começo da carreira da cantora. “Fomos apresentados pelo radialista Adelson Alves, nos corredores da Odeon (atual EMI Music), e nos tornamos amigos. Uma amizade que se acentuou na Portela. Nos desfiles da escola, ela saía sempre no chão, esbanjando alegria. Subiu no carro apenas quando ajudou a puxar os sambas-enredos de Ilu Ayê Odara, de 1972, e Macunaíma, de 1975”, recorda-se Monarco.
Verônica Ferriani revela que o conhecimento sobre o legado de Clara Nunes vem de pesquisas feitas, ouvindo discos, assistindo a vídeos. “Canto sempre alguns sambas gravados por ela nas rodas de samba que participo em São Paulo e no Rio de Janeiro. Clara é uma importante referência para minha geração.”
Quando vim de Minas (Xangô da Mangueira), Você passa e eu acho graça (Ataulfo Alves e Carlos Imperial), Guerreira (João Nogueira e Paulo César Pinheiro) e Tristeza pé no chão (Armando Fernandes) estão entre as músicas que Verônica vai cantar no show. Com Monarco, ela interpretará, no encerramento do show, Conto de areia (Romildo e Toninho Nascimento) e Portela na avenida (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro).
Contos de areia — 70 Anos de Clara Nunes
Show de abertura com Monarco e Verônica Ferriani hoje e amanhã, às 21h, no Centro Cultural Banco do Brasil (Setor de Clubes Sul). Ingressos: R$ 6 e R$ 3 (meia-entrada para estudantes, professores, maiores de 60 anos e clientes do Banco do Brasil). Não recomendado para menores de 14 anos. Informações: 3108-7600.
Vem aí:
Sábado e domingo » Joyce e Teresa Cristina
19 e 20 » Délcio Carvalho e Maíra Freitas
21 e 22 » Nei Lopes e Nilze Carvalho
26 e 27 » Mariene de Castro e Pedro Miranda
28 e 29 » Elton Medeiros e Fabiana Cozza.
Antes, porém, ela ganha tributo no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), com o projeto Contos de areia — 70 anos de Clara Nunes. Na abertura hoje (com direito a bis, amanhã), às 21h, vão se apresentar artistas de diferentes gerações: o veterano cantor e compositor carioca Monarco e a novata cantora paulistana Verônica Ferriani. A série de seis espetáculos prosseguirá até o dia 29, sempre de quinta-feira a domingo.
Contos de areia oferece um extenso e variado painel do repertório de Clara, que reúne músicas de diferentes gêneros e fases, compostas por mestres como Vinicius de Moraes, Cartola, Nelson Cavaquinho, Candeia, Sivuca, João Nogueira, Chico Buarque, João Bosco e Paulo César Pinheiro. A canção da qual se originou o título da série, porém, tem a assinatura dos poucos conhecidos Romildo e Toninho Nascimento.
No sábado e no domingo, sobem ao palco do CCBB as cantoras e compositoras Joyce e Teresa Cristina. Até o fim de janeiro, virão Délcio Carvalho e Maíra Freitas (19 e 20); Nei Lopes e Nilze Carvalho (21 e 22); Mariene de Castro e Pedro Miranda (26 e 27); Elton Medeiros e Fabiana Cozza (28 e 29). Eles serão acompanhados pela banda formada por Luís Filipe de Lima (violão sete cordas, arranjos e direção musical), Pedro Amorim (bandolim e cavaquinho), Zé Luiz Mia (baixolão), Alexandre Maionese (flauta), Cláudio Brito, Paulino Dias e Thiago da Serrinha (percussão).
Coisas da antiga
Em meio aos shows, serão exibidos pequenos vídeos que revelam um mosaico de histórias e impressões sobre Clara. São pontos de vista de pessoas próximas, como Sérgio Cabral, Adelson Alves, Guinga, Alcione e Agnaldo Timóteo; dos cantores participantes do projeto e de pessoas ouvidas na rua. Quem quiser saber mais sobre a homenageada poderá assistir à mesa-redonda, na próxima semana, com a participação do pesquisador e produtor Hermínio Bello de Carvalho, do cantor e compositor Nei Lopes e do jornalista Vagner Fernandes (biógrafo da cantora).
Luís Filipe de Lima, que divide a curadoria de Contos de areia com Mônica Ramalho, diz que a ideia desta maratona musical foi trazê-la para o tempo presente. “Clara permanece viva na memória de quem acompanhou sua trajetória. Há muitos jovens que conhecem parte do seu repertório por meio de pesquisa na internet. Nos seis shows da série — cada um com 16 canções —, eles terão uma noção mais abrangente do que foi deixado por essa grande intérprete”, acredita o músico, que fez novos arranjos para todas elas.
Do repertório da abertura do projeto, farão parte Jardim da solidão, Rancho da primavera e Vai, amor, compostas por Monarco — a última em parceria com Walter Rosa. Integrante da Velha Guarda da Portela, ele conheceu Clara no começo da carreira da cantora. “Fomos apresentados pelo radialista Adelson Alves, nos corredores da Odeon (atual EMI Music), e nos tornamos amigos. Uma amizade que se acentuou na Portela. Nos desfiles da escola, ela saía sempre no chão, esbanjando alegria. Subiu no carro apenas quando ajudou a puxar os sambas-enredos de Ilu Ayê Odara, de 1972, e Macunaíma, de 1975”, recorda-se Monarco.
Verônica Ferriani revela que o conhecimento sobre o legado de Clara Nunes vem de pesquisas feitas, ouvindo discos, assistindo a vídeos. “Canto sempre alguns sambas gravados por ela nas rodas de samba que participo em São Paulo e no Rio de Janeiro. Clara é uma importante referência para minha geração.”
Quando vim de Minas (Xangô da Mangueira), Você passa e eu acho graça (Ataulfo Alves e Carlos Imperial), Guerreira (João Nogueira e Paulo César Pinheiro) e Tristeza pé no chão (Armando Fernandes) estão entre as músicas que Verônica vai cantar no show. Com Monarco, ela interpretará, no encerramento do show, Conto de areia (Romildo e Toninho Nascimento) e Portela na avenida (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro).
Contos de areia — 70 Anos de Clara Nunes
Show de abertura com Monarco e Verônica Ferriani hoje e amanhã, às 21h, no Centro Cultural Banco do Brasil (Setor de Clubes Sul). Ingressos: R$ 6 e R$ 3 (meia-entrada para estudantes, professores, maiores de 60 anos e clientes do Banco do Brasil). Não recomendado para menores de 14 anos. Informações: 3108-7600.
Vem aí:
Sábado e domingo » Joyce e Teresa Cristina
19 e 20 » Délcio Carvalho e Maíra Freitas
21 e 22 » Nei Lopes e Nilze Carvalho
26 e 27 » Mariene de Castro e Pedro Miranda
28 e 29 » Elton Medeiros e Fabiana Cozza.
Edinho Trajano, com Corrreio Braziliense
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