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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Seis das nove praias de JP têm comércio irregular


Seis das nove praias de JP têm comércio irregular
Das nove praias de João Pessoa, seis têm ocupações irregulares. Foi o que revelou o secretário de Desenvolvimento Urbano da Capital (Sedurb), Lucius Fabiani. A Praia do Bessa, que terá oito barracas retiradas da beira-mar a partir da próxima semana, logo sairá da estatística. No entanto, as praias do Seixas, Penha, Jacarapé, do Sol e Barra de Gramame ainda possuem quiosques em áreas impróprias da orla. Após o reordenamento da praia do Bessa, a Praça de Iemanjá, no Cabo Branco, e a Praça do Sol Nascente, no Seixas, devem ser os próximos beneficiados pelo Projeto Orla.

Através do Projeto Orla, do Governo Federal, as praias de Manaíra, Tambaú e Cabo Branco já tiveram o reordenamento iniciado, com a retirada de barracas de locais irregulares. Do Hotel Tambaú até a Praia do Cabo Branco, só restam a padronização de quiosques de 16 ilhas para completar o trabalho no local. Na praia do Bessa, a vegetação nativa será restaurada nos locais onde havia as oito barracas. “Após o restauro da vegetação nativa, a intervenção no Bessa vai continuar do Mag Shopping até o Iate Clube, onde serão construídos calçadinha, ciclovia e uma rua de areia, ao invés de calçamento. Já enviamos relatório de impacto ambiental para o Ministério Público e estamos aguardando a liberação do órgão para iniciarmos o processo licitatório”, afirmou o secretário da Sedurb, Lucius Fabiani.

Na Praia do Seixas, onde a situação é bastante preocupante, o secretário afirmou que o projeto prevê a relocação das barracas para a Praça do Sol Nascente, que será revitalizada. “No reordenamento do Seixas, os comerciantes cadastrados serão realocados para a praça, que também vai ter um anfiteatro, praça de alimentação e um monumento ao sol. É um projeto muito bonito e tenho certeza de que vai atrair muitos turistas e os pessoenses terão mais uma alternativa de lazer”, afirmou Lucius Fabiani.

Entretanto, o projeto do reordenamento do Seixas e da revitalização da Praça de Iemanjá ainda dependem da aprovação da Caixa Econômica Federal para que a licitação seja aberta e, por isso, não há previsão para o início das obras.

Comerciantes aguardam intervenções - As intervenções previstas para a Praia do Seixas, em João Pessoa, são ansiosamente aguardadas pelos comerciantes do local, pois, além de lidarem com a ocupação irregular do espaço público, há a questão do avanço do mar. De acordo com o proprietário da Palhoça do Zito, José Carvalho Sobrinho, ele já teve de recuar a barraca pelo menos 30 metros da localização original. “O mar avança mesmo e o que resta é recuar as barracas. Nós queremos que o projeto chegue aqui logo. Essa calçada, por exemplo, nem precisa mais do mar para cair, só com a ação do vento ela já cai e isso nos deixa muito preocupados”, afirmou.

A presidente da Associação dos Barraqueiros da Praia do Seixas, Maria do Socorro, contou que desde 1996 os proprietários de bares do local se reuniram e fizeram um projeto para organizar os quiosques. “Nós apresentamos o projeto à prefeitura e ele teve algumas modificações, mas a nossa intenção é organizar a praia e proteger a vegetação nativa e por isso nos organizamos há 15 anos. Queremos que, além de uma orla organizada e protegida, a barreira também seja protegida”, afirmou.

Projeto Costa do Sol - O secretário da Sedurb afirmou que, na próxima semana, deve ocorrer uma reunião com o Governo do Estado na Superintendência do Patrimônio da União (SPU) para tratar da ocupação irregular nas praias da Penha, Jacarapé, do Sol e Barra de Gramame. “Nós discutiremos em conjunto com o Governo do Estado para definir as próximas ações em relação a essas praias. Nós queremos definir nossas ações em harmonia com as diretrizes do Projeto Costa do Sol. Nossa previsão é de que, a partir do segundo semestre do próximo ano, nós já possamos revitalizar as áreas destas praias onde têm ocupação imprópria de barracas. Tem praias em que a situação é tão grave que as barracas são praticamente dentro da água e temos de impedir isso”, alegou.

A comerciante Maria Oscarina da Silva tem uma barraca na praia da Penha há 25 anos e teme o futuro dela. “Sei que estou num local inadequado, mas não tenho onde ficar. Além do meu trabalho, essa barraca é a minha casa e, se eu sair daqui, não terei onde morar e nem onde trabalhar, por isso tenho medo do que pode acontecer com quem trabalha aqui”, afirmou.

Edinho Trajano.

Correio da Paraíba 


 

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