Morreu na madrugada desta quinta-feira, em Natal, Rio Grande do Norte, o desembargador aposentado do Tribunal do Trabalho da Paraíba, Aluisio Rodrigues. Ele sofria de câncer e morreu depois de travar uma longa batalha contra a doença. Foi presidente do TRT paraibano no período de 1987 a 1989 e teve decisiva participação na construção da história da Justiça do Trabalho no Estado. O presidente do TRT, desembargador Paulo Maia Filho, lamentou a morte do colega e, em nome dos magistrados e servidores, enviou condolências à família.
O sepultamento será às 16h desta quinta-feira no Cemitério Morada da Paz, no município de Parnamirim, no bairro Emaús, Região Metropolitana de Natal, onde será celebrada uma missa.
O carinho da Justiça do Trabalho da Paraíba pelo desembargador Aluisio Rodrigues é tamanho que em 2004, na gestão da então presidente do TRT, desembargadora Ana Madruga, foi criado o prêmio "eficiência" destinado a distinguir, anualmente, um servidor de cada unidade por relevantes serviços prestados. O prêmio recebeu o nome de Aluisio Rodrigues e vem sendo concedido todos os anos. Tem por missão, além de valorizar os talentos que naturalmente se destacam, despertar outros valores, a fim de que, no futuro, o Tribunal conte com profissionais mais satisfeitos, competentes e prontos para novos desafios.
A resolução que criou a premiação explicou que o nome do desembargador foi escolhido para denominar o prêmio “em razão dos relevantes serviços prestados ao longo dos 50 anos de trabalho, dos quais 35 dedicados à Magistratura Trabalhista, além do exemplo de dignidade e honradez”. A edição deste ano do prêmio está marcada para acontecer na próxima quinta-feira, dia 15.
A aposentadoria O desembargador se aposentou no ano de 2003. Na época fez questão de que constasse no convite para a sessão solene de despedida do Tribunal Regional do Trabalho a frase: “Estou me aposentando aos 70 anos, em plena forma física e aptidão intelectual”. A iniciativa demonstrava o estado de espírito, a vontade de viver e a alegria do desembargador Aluisio Rodrigues, que depois de 35 anos dedicados à Justiça do Trabalho deixava a toga, mas se recusava a vestir o pijama da reclusão em sua casa. É tanto que continuou escrevendo e lançou vários livros. Agora mesmo estava com quatro livros prontos e pretendia lançar um ainda este ano no TRT da Paraíba.
A última entrevista antes de deixar a toga Uma semana antes de se aposentar conversou com jornalistas, onde falou da carreira e da vida e começou a conversa bem no estilo Aluisio Rodrigues de ser: “Eu digo o que me vem à cabeça, sem pensar, mas são verdades que falo através de brincadeiras”. Disse na época que estava vivendo uma fase light, no cheque especial da vida e lembrou que durante o tempo em que esteve no TRT passou por momentos de delicada saúde, sendo anunciada sua morte por diversas vezes na imprensa. “Estou mais vivo do que nunca, com saúde e vontade de viver”, falou durante a entrevista com a convicção e a desenvoltura de quem cumpriu o dever da toga.
Se disse satisfeito com a aposentadoria e se muitos entram em depressão quando atingem a compulsória, no caso dele foi diferente: “Me antecipei para pedir a aposentadoria e estou radiante de felicidade”, garantiu, destacando que superou todos os obstáculos da carreira da magistratura com sucesso.
Currículo O juiz Aluísio Rodrigues é dono de um currículo invejável, de uma vida acadêmica brilhante. Presidiu o TRT da Paraíba no biênio 87/89 e foi o único membro da Justiça Trabalhista da Paraíba a ocupar o cargo de ministro convocado do Tribunal Superior do Trabalho por um período de 6 meses. Foi, também, vice-presidente de la Associación Iberoamericana de Juristas “Dr. Guillermo Canabellas”. A família Deixa duas filhas, Maria Auxiliadora, que seguiu a carreira jurídica e é juíza do Trabalho no Rio Grande do Norte e Maria Bernadete, que é Jornalista. Estava no segundo casamento com Walma Lomonte. Sempre disse que não ganhou apenas uma esposa, mas adotou de coração dois filhos, Ricardo e Rafael, que vieram com ela.
Tinha como recanto preferido seu sítio, chamado de “Paraíso dos Rodrigues”, no Rio Grande do Norte. Para ele era o verdadeiro oásis do agreste. O lugar do descanso, do lazer e da curtição, com pomar, flores ornamentais e uma casa aconchegante. “Já levei para lá muitos amigos e mostrei o porquê da minha felicidade em estar me aposentando”, disse à época.
Paixão por viagens, aventuras e livros O magistrado sempre fazia questão de falar de uma viagem inesquecível, quando percorreu alguns países da Europa a bordo de um trailer com a família. O passeio que durou cerca de 20 dias, passou por Portugal e Espanha, onde viveu situações de risco e conheceu a neve. O percurso resultou em um livro, A Virada do Milênio, em que conta toda a trajetória vivida na viagem não programada, sem lugar ou hora para ir ou retornar.
A Virada do Milênio mostra a filosofia de vida que adotou: transformar momentos desagradáveis em agradáveis, tirando proveito de tudo onde se pode encontrar o prazer e a felicidade.
Era amante da fotografia e possuía uma coleção de fotografias do pôr do sol de vários lugares por onde passou e, em especial, da praia do Jacaré, em João Pessoa.
Rita Bizerra, com Ascom
O sepultamento será às 16h desta quinta-feira no Cemitério Morada da Paz, no município de Parnamirim, no bairro Emaús, Região Metropolitana de Natal, onde será celebrada uma missa.
O carinho da Justiça do Trabalho da Paraíba pelo desembargador Aluisio Rodrigues é tamanho que em 2004, na gestão da então presidente do TRT, desembargadora Ana Madruga, foi criado o prêmio "eficiência" destinado a distinguir, anualmente, um servidor de cada unidade por relevantes serviços prestados. O prêmio recebeu o nome de Aluisio Rodrigues e vem sendo concedido todos os anos. Tem por missão, além de valorizar os talentos que naturalmente se destacam, despertar outros valores, a fim de que, no futuro, o Tribunal conte com profissionais mais satisfeitos, competentes e prontos para novos desafios.
A resolução que criou a premiação explicou que o nome do desembargador foi escolhido para denominar o prêmio “em razão dos relevantes serviços prestados ao longo dos 50 anos de trabalho, dos quais 35 dedicados à Magistratura Trabalhista, além do exemplo de dignidade e honradez”. A edição deste ano do prêmio está marcada para acontecer na próxima quinta-feira, dia 15.
A aposentadoria O desembargador se aposentou no ano de 2003. Na época fez questão de que constasse no convite para a sessão solene de despedida do Tribunal Regional do Trabalho a frase: “Estou me aposentando aos 70 anos, em plena forma física e aptidão intelectual”. A iniciativa demonstrava o estado de espírito, a vontade de viver e a alegria do desembargador Aluisio Rodrigues, que depois de 35 anos dedicados à Justiça do Trabalho deixava a toga, mas se recusava a vestir o pijama da reclusão em sua casa. É tanto que continuou escrevendo e lançou vários livros. Agora mesmo estava com quatro livros prontos e pretendia lançar um ainda este ano no TRT da Paraíba.
A última entrevista antes de deixar a toga Uma semana antes de se aposentar conversou com jornalistas, onde falou da carreira e da vida e começou a conversa bem no estilo Aluisio Rodrigues de ser: “Eu digo o que me vem à cabeça, sem pensar, mas são verdades que falo através de brincadeiras”. Disse na época que estava vivendo uma fase light, no cheque especial da vida e lembrou que durante o tempo em que esteve no TRT passou por momentos de delicada saúde, sendo anunciada sua morte por diversas vezes na imprensa. “Estou mais vivo do que nunca, com saúde e vontade de viver”, falou durante a entrevista com a convicção e a desenvoltura de quem cumpriu o dever da toga.
Se disse satisfeito com a aposentadoria e se muitos entram em depressão quando atingem a compulsória, no caso dele foi diferente: “Me antecipei para pedir a aposentadoria e estou radiante de felicidade”, garantiu, destacando que superou todos os obstáculos da carreira da magistratura com sucesso.
Currículo O juiz Aluísio Rodrigues é dono de um currículo invejável, de uma vida acadêmica brilhante. Presidiu o TRT da Paraíba no biênio 87/89 e foi o único membro da Justiça Trabalhista da Paraíba a ocupar o cargo de ministro convocado do Tribunal Superior do Trabalho por um período de 6 meses. Foi, também, vice-presidente de la Associación Iberoamericana de Juristas “Dr. Guillermo Canabellas”. A família Deixa duas filhas, Maria Auxiliadora, que seguiu a carreira jurídica e é juíza do Trabalho no Rio Grande do Norte e Maria Bernadete, que é Jornalista. Estava no segundo casamento com Walma Lomonte. Sempre disse que não ganhou apenas uma esposa, mas adotou de coração dois filhos, Ricardo e Rafael, que vieram com ela.
Tinha como recanto preferido seu sítio, chamado de “Paraíso dos Rodrigues”, no Rio Grande do Norte. Para ele era o verdadeiro oásis do agreste. O lugar do descanso, do lazer e da curtição, com pomar, flores ornamentais e uma casa aconchegante. “Já levei para lá muitos amigos e mostrei o porquê da minha felicidade em estar me aposentando”, disse à época.
Paixão por viagens, aventuras e livros O magistrado sempre fazia questão de falar de uma viagem inesquecível, quando percorreu alguns países da Europa a bordo de um trailer com a família. O passeio que durou cerca de 20 dias, passou por Portugal e Espanha, onde viveu situações de risco e conheceu a neve. O percurso resultou em um livro, A Virada do Milênio, em que conta toda a trajetória vivida na viagem não programada, sem lugar ou hora para ir ou retornar.
A Virada do Milênio mostra a filosofia de vida que adotou: transformar momentos desagradáveis em agradáveis, tirando proveito de tudo onde se pode encontrar o prazer e a felicidade.
Era amante da fotografia e possuía uma coleção de fotografias do pôr do sol de vários lugares por onde passou e, em especial, da praia do Jacaré, em João Pessoa.
Rita Bizerra, com Ascom
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