Para defender a aprovação do projeto de lei que cria o fundo de previdência complementar dos servidores públicos, o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, afirmou hoje que é preciso ter coragem para promover as mudanças necessárias. Segundo ele, as mudanças são indispensáveis para permitir que o sistema tenha sustentabilidade no longo prazo, evitando que o problema seja transferido para as futuras gerações. O ministro participa de comissão geral para tratar do projeto no plenário da Câmara.
Segundo Garibaldi, o elevado déficit da previdência dos servidores é uma "tragédia anunciada". "Ou tomamos uma providência ou nos veremos numa situação muito difícil", destacou Garibaldi. Ele lembrou ainda que, quando assumiu o cargo, muitos amigos disseram que ele estava pegando "um abacaxi". Logo em seguida frisou que, sem a aprovação do fundo, "essa previdência vai continuar como está. Será um abacaxi ontem, hoje e sempre", frisou.
O déficit da previdência dos servidores somou cerca de R$ 50 bilhões no ano passado para atender um pouco menos de um milhão de funcionários. No caso do INSS, o saldo negativo foi de R$ 43 bilhões para pagamento de algo em torno de 28 milhões de benefícios.
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, destacou ainda que o fundo de previdência dos servidores públicos será vantajoso para o País e para os trabalhadores. A expectativa é de que a economia do governo com esses benefícios, em 2070, seja de R$ 20 bilhões, o que, conforme Barbosa, poderá ser utilizado para aumento dos investimentos públicos. Ele ressaltou ainda que o fundo é necessário para promover justiça previdenciária entre os servidores e, ao mesmo, reduzir o déficit. "Essa proposta é vantajosa para os servidores públicos e para o Brasil", frisou Barbosa.
Edinho Trajano.
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