Em sabatina, FHC diz ser amigo de Lula e elogia Dilma.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso evitou criticar seus sucessores no cargo nesta sexta-feira durante sabatina realizada pela Folha e pelo UOL. Ao se referir ao petista Luiz Inácio Lula da Silva, o tucano afirmou que a relação entre os dois é "muito antiga", e por conta disso, histórica.
"Depois da redemocratização fomos os presidentes que mais ficamos no poder", disse FHC. Contou ainda que fala constantemente com Lula, dialogam, divergem e que é normal que assim seja.
"Às vezes ele me dá uma alfinetada, eu dou outra nele", disse, de forma bem-humorada.
Sobre Dilma Rousseff, disse que a presidente foi "muito generosa" com ele em carta enviada em seus 80 anos, em que reconhece seu legado, mas disse que ela "não é ingênua" de confundir que a boa relação que estabeleceram vá impedir que ele critique os erros de seu governo.
O tom ameno com que tratou os sucessores, no entanto, não evitou criticas ao PT, partido que fez oposição nos seus oito anos de governo.
Ele afirmou que é injusto dizer que o PSDB não tem projeto para o país. Citou o fato de o projeto levado a cabo pelo PT ser o mesmo dos tucanos na economia, e fez críticas ao partido de Dilma.
"A diferença é que o PT, quando ocupa o governo, deturpa as instituições, ocupa tudo", afirmou.
Abaixo outros temas abordados durante a sabatina:
ABORTO
"Não sou a favor que se faça aborto, mas sou contra a criminalização do aborto", disse FHC durante a sabatina, assumindo posição semelhante a que defende no caso das drogas, defendendo a descriminalização, mas deixando claro que não faz apologia.
REFORMA POLÍTICA
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso admitiu que errou quando governava por não ter apoiado uma reforma política. No entanto, segundo ele, a decisão foi deliberada.
"Se começasse por ela saberia que não sairia dela", disse o tucano.
FHC defendeu ainda o voto distrital. "Alguma coisa temos que tentar."
MENSALÃO
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que o mensalão só se tornou um caso conhecido porque o presidente do PTB, Roberto Jefferson, "teatralizou" a denúncia do esquema.
O tucano afirmou que uma eventual saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o auge das denúncias seria prejudicial ao país.
NAMORO
Durante o encontro, FHC esquivou-se de comentar sobre o namoro com a funcionária do Instituto FHC, Patrícia Scarlat, 34. "Estou velho e ao mesmo tempo estou bem", disse. "Não sou favorável a essa mania contemporânea de abrir o jogo", completou.
Ao ser pressionado sobre o namoro, o tucano reclamou: "O problema é meu".
FHC é viúvo da antropóloga Ruth Cardoso, morta em junho de 2008.
DROGAS
O ex-presidente voltou a defender nesta sexta-feira a descriminalização do consumo de drogas, e, no caso da maconha, a legalização da venda da droga. "A guerra às drogas já matou mais que a do Vietnã", afirmou.
FHC disse que é preciso mudar o paradigma da discussão, hoje, segundo ele, centrada na repressão ao consumo.
"Olha o cigarro, hoje você tem essa foto [que ilustra danos à saúde no fundo do pacote], combate o consumo e o consumo tem diminuído. Não pode fazer isso com a maconha. O governo não pode falar de maconha", argumentou. "O usuário não pode ser posto na cadeia", reiterou.
PRIVATARIA
Questionado sobre os relatos feitos por Amaury Ribeiro Júnior no livro "Privataria", sobre a venda de estatais em seu governo, o ex-presidente desqualificou o jornalista. "O autor desse livro está sendo processado. Está na PF [Polícia Federal]. Até lá, quem está sob judice é ele", disse.
FHC ainda defendeu Ricardo Sérgio, diretor do Banco do Brasil durante sua gestão, citado por Amaury no livro. "Eu não tenho nada que o desabone", afirmou.
"Depois da redemocratização fomos os presidentes que mais ficamos no poder", disse FHC. Contou ainda que fala constantemente com Lula, dialogam, divergem e que é normal que assim seja.
"Às vezes ele me dá uma alfinetada, eu dou outra nele", disse, de forma bem-humorada.
Sobre Dilma Rousseff, disse que a presidente foi "muito generosa" com ele em carta enviada em seus 80 anos, em que reconhece seu legado, mas disse que ela "não é ingênua" de confundir que a boa relação que estabeleceram vá impedir que ele critique os erros de seu governo.
O tom ameno com que tratou os sucessores, no entanto, não evitou criticas ao PT, partido que fez oposição nos seus oito anos de governo.
Ele afirmou que é injusto dizer que o PSDB não tem projeto para o país. Citou o fato de o projeto levado a cabo pelo PT ser o mesmo dos tucanos na economia, e fez críticas ao partido de Dilma.
"A diferença é que o PT, quando ocupa o governo, deturpa as instituições, ocupa tudo", afirmou.
Abaixo outros temas abordados durante a sabatina:
ABORTO
"Não sou a favor que se faça aborto, mas sou contra a criminalização do aborto", disse FHC durante a sabatina, assumindo posição semelhante a que defende no caso das drogas, defendendo a descriminalização, mas deixando claro que não faz apologia.
REFORMA POLÍTICA
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso admitiu que errou quando governava por não ter apoiado uma reforma política. No entanto, segundo ele, a decisão foi deliberada.
"Se começasse por ela saberia que não sairia dela", disse o tucano.
FHC defendeu ainda o voto distrital. "Alguma coisa temos que tentar."
MENSALÃO
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que o mensalão só se tornou um caso conhecido porque o presidente do PTB, Roberto Jefferson, "teatralizou" a denúncia do esquema.
O tucano afirmou que uma eventual saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o auge das denúncias seria prejudicial ao país.
NAMORO
Durante o encontro, FHC esquivou-se de comentar sobre o namoro com a funcionária do Instituto FHC, Patrícia Scarlat, 34. "Estou velho e ao mesmo tempo estou bem", disse. "Não sou favorável a essa mania contemporânea de abrir o jogo", completou.
Ao ser pressionado sobre o namoro, o tucano reclamou: "O problema é meu".
FHC é viúvo da antropóloga Ruth Cardoso, morta em junho de 2008.
DROGAS
O ex-presidente voltou a defender nesta sexta-feira a descriminalização do consumo de drogas, e, no caso da maconha, a legalização da venda da droga. "A guerra às drogas já matou mais que a do Vietnã", afirmou.
FHC disse que é preciso mudar o paradigma da discussão, hoje, segundo ele, centrada na repressão ao consumo.
"Olha o cigarro, hoje você tem essa foto [que ilustra danos à saúde no fundo do pacote], combate o consumo e o consumo tem diminuído. Não pode fazer isso com a maconha. O governo não pode falar de maconha", argumentou. "O usuário não pode ser posto na cadeia", reiterou.
PRIVATARIA
Questionado sobre os relatos feitos por Amaury Ribeiro Júnior no livro "Privataria", sobre a venda de estatais em seu governo, o ex-presidente desqualificou o jornalista. "O autor desse livro está sendo processado. Está na PF [Polícia Federal]. Até lá, quem está sob judice é ele", disse.
FHC ainda defendeu Ricardo Sérgio, diretor do Banco do Brasil durante sua gestão, citado por Amaury no livro. "Eu não tenho nada que o desabone", afirmou.
Edinho Trajano.
Folha
Folha
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