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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Adriano diz que sua inocência será provada


Adriano diz que sua inocência será provada
O atacante Adriano, do Corinthians, chegou à 16ª DP, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, no fim da tarde desta segunda-feira para prestar depoimento. O jogador chegou sorrindo e conversou com a imprensa em uma sala apertada. Ele confirmou sua versão de que não foi o autor do disparo e que os exames para detectar a presença de pólvora na mão irão confirmar que ele está dizendo a verdade.

- A arma estava entre os bancos. Ela pegou e disparou acidentalmente. Depois do barulho, nos abaixamos. No momento, ela não sentiu nada. Mas com certeza pegou a arma. Os exames vão sair e será comprovado que não estou mentindo. Cabe a vocês acreditarem ou não. Quando as coisas acontecem com o Adriano, a repercussão é sempre maior.

Adriano contou que no sábado foi a primeira vez que viu Adriene Cyrillo Pinto, apresentada a ele por um amigo que estava na casa noturna. O jogador afirmou que não vai mais pagar pelo tratamento da jovem, ao contrário do que disse anteriormente.

- Conheci ela a partir de um amigo que estava na boate. Foi a primeira vez que a vi. O que ela está fazendo não é justo, não tem caráter. Eu ia ajudar, visitar e pagar o tratamento, mas não farei mais. Não tem cabimento fazer isso para uma pessoa que está fazendo isso comigo. Tirei até a minha camisa para ajudá-la. Sou uma pessoa pública, fiquei preocupado com ela e com minha imagem. Mas não vou tentar prejudicar ela, espero que se recupere.

O jogador comentou também sobre o Corinthians. Ele disse que o clube está dando apoio.

- Não falaram nada em rescindir o meu contrato. O Corinthians sempre me deu apoio.

Depois de dar entrevista, Adriano seguiu para seu depoimento. O delegado Fernando Reis contou que Adriene está envolvida em outros processos - como vítima - e alertou sobre a pena no caso de ela estar mentindo.

- Ela diz que o Adriano passou a arma para ela, e ele diz que ela pegou. Se for provado que é mentira dela, configura-se denúncia caluniosa, o que é sério. Então ela pense duas vezes, porque a pena é de dois a oito anos de prisão - avisou.

A acareação entre o jogador e Adriene será feita provavelmente na quarta-feira, mas ainda há a dependência de a jovem ter alta médica.

A versão do Imperador sobre o ocorrido foi confirmada por outras três testemunhas. A perícia já concluiu que o tiro foi dado do banco traseiro. A arma pertence ao PM reformado Júlio César Barros, amigo de Adriano, que dirigia o veículo. Segundo Fernando Reis, Júlio César foi negligente e terá de responder por isso. Outros amigos do Imperador contaram ao GLOBOESPORTE.COM que o atleta se preocupou em não ocultar provas.


Edinho Trajano, com informações do Globoesporte

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