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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Lupi adota tom mais humilde após recado de Dilma


A bronca da presidente foi comunicada pela ministra Gleisi antes de participar com ele de reunião na Esplanada dos Ministérios.

Depois de tomar um pito da presidente Dilma Rousseff por ter dito que só sai do governo “se for abatido à bala” e de ver três fundadores do PDT pedindo sua cabeça e o acusando de ter “transformado o Ministério do Trabalho num balcão de negócios”, o ministro Carlos Lupi (Trabalho) adotou tom mais humilde em suas declarações. “Ao fazer referência à bala, não quis abrir uma frente de confronto com a presidente da República, mas com seus acusadores.”

Lupi vem enfrentando uma série de denúncias sobre assinatura irregular de convênios do Trabalho com ONGs de fachada, além da cobrança de propina dessas entidades por parte de assessores diretos. No sábado, depois da publicação de reportagem da revista Veja sobre as irregularidades, Lupi afastou dois assessores. As irregularidades vieram à tona há três meses e acabaram resultando no afastamento do então chefe de gabinete do ministro, Marcelo Panella, amigo e sócio de Lupi.

No final da manhã de ontem a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) transmitiu a Lupi a insatisfação do Planalto com as declarações dadas na terça-feira, logo depois de reunião com as bancadas do PDT no Senado e na Câmara. Na mesma ocasião, o líder do PDT, Giovanni Queiroz (PA) afirmou que o partido deixaria a base do governo caso Lupi fosse afastado. Mas três parlamentares da legenda - os deputados Miro Teixeira (RJ), Antonio Reguffe (DF) e o senador Pedro Taques (MT) - pediram à Procuradoria-Geral da República que abra inquérito policial para investigar o ministro.

Gleisi Hoffmann disse a Lupi que “houve excesso” na fala do ministro e que “ele e todos os ministros deste governo sabem que quem nomeia e quem demite é a presidenta da República”. O ministro do Trabalho imediatamente mudou sua linha de declarações.

Hoje, a partir das 9h30, ele prestará depoimento na Câmara, em visita acertada entre governo e oposição. Lupi já decidiu que não fará nenhum pronunciamento de confronto com Dilma Rousseff.

Como

ENTENDA A NOTÍCIA

A conversa com Lupi foi a portas fechadas, no quarto andar do Planalto. Gleisi ressalvou, no entanto, que acreditava que tudo foi feito em meio a um "clima de estresse" por causa das denúncias.

Edinho Trajano.

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