A presidente Dilma Rousseff não quis comentar as recentes declarações do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, e citou uma frase de um político gaúcho para desconversar sobre o assunto: "Passado é simplesmente passado". Ela foi abordada por jornalistas ao final da cerimônia de sanção da lei que amplia as faixas do Simples Nacional e do Empreendedor Individual, realizada hoje no Palácio do Planalto, em Brasília.
Dilma também se negou a falar sobre aumento de taxa de juros e sobre a previsão do crescimento para este ano ou ano que vem. "Sabe, querida, eu acho que nessa questão dos juros, quanto menos se falar, melhor. Quero que o Brasil preserve toda a estabilidade possível, não sou a pessoa que deve responder sobre juros, quem responde sobre juros no meu governo é o ministro do Banco Central", disse. Em relação ao PIB deste ano, se seria menor do que 4%, Dilma disse: "Eu não vou dizer e cravar um número, porque se tiver qualquer diferença, vocês irão cobrar". E emendou ao responder pergunta sobre se 2012 será melhor que 2011: "2012 vai ser melhor, e eu vou fazer o possível e o impossível para isso".
A presidente Dilma afirmou também que o crescimento deste ano será menos afetado por esta atual crise internacional do que foi em 2009, logo depois da crise financeira iniciada em 2008, apesar das medidas tomadas à época que levaram a se chegar a menos 0,9% de crescimento. "Agora nós conseguimos manter um patamar diferente", destacou, ressaltando que o Brasil tem todas as condições para enfrentar esta crise.
Dilma comemorou a aprovação da DRU na Câmara em primeiro turno e elogiou a atuação dos parlamentares nessa votação. "É importantíssimo aprovar a DRU. A DRU é importante para isso que chamei de robustez fiscal. Não queremos gastar mais ou menos, não é por causa da DRU que você gasta mais ou menos, o que você dar para o governo na hora que aprova a DRU é uma margem de manobra diante de uma crise internacional que se avizinha", explicou.
A presidente repudiou também críticas de que o governo inventou uma crise fantasmagórica e reafirmou que "somos um País que tem uma dívida baixa, uma solidez fiscal reconhecida, e que temos de manter essa situação".
Edinho Trajano.
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