O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, resolveu entrar em campo para acalmar o clima no PSDB, inflamado nos últimos dias em razão das divergências internas sobre a estratégia que o partido deve costurar para as eleições municipais de 2012. Alckmin convocou os quatro pré-candidatos para uma reunião, domingo à noite, no Palácio dos Bandeirantes, com o objetivo de chegar a um consenso sobre a data da disputa interna.
A maioria dos pré-candidatos quer que haja prévias até janeiro, criando assim um fato consumado em torno de uma candidatura tucana e seguindo prazo estipulado pelo diretório municipal. Mas aliados do governador advogam março como data. A avaliação é que até lá o PSDB tem tempo para costurar alianças com outros partidos, como o PSD, do prefeito Gilberto Kassab.
Além de Alckmin e dos quatro pré-candidatos, os secretários Andrea Matarazzo (Cultura), Bruno Covas (Meio Ambiente) e José Aníbal (Energia) e o deputado Ricardo Tripoli, participará da reunião o presidente do PSDB municipal, Julio Semeghini.
O ex-governador José Serra reuniu-se em um jantar político com senadores de cinco partidos da oposição e da base do governo na noite de anteontem, 23, em Brasília. Dispostos a se aproximar da oposição para reduzir o desequilíbrio de forças no Senado, quatro senadores independentes e descontentes do PMDB e do PDT aceitaram convite de Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) para debater a conjuntura com o tucano.
Embora o tema central da conversa tenha sido "o governo sem norte, sem o estepe chamado Lula, com problemas de corrupção endêmica e perspectivas econômicas sombrias", Serra acabou tendo que responder à curiosidade dos presentes sobre a sucessão na Prefeitura de São Paulo.
O tucano disse que ainda é cedo para previsões sobre a disputa paulistana, mas não descartou sua candidatura, como costuma fazer de maneira enfática.
Edinho Trajano.
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