O deputado estadual Wilson Braga (PSD) foi à tribuna da Assembléia Legislativa, na manhã de ontem (26), e prestou dupla homenagem à figura da Mulher, em especial à Paraibana, tomando, como pano de fundo de seu pronunciamento, a recente iniciativa do governador Ricardo Coutinho (PSB), criando a Casa Abrigo Aryanne Thays, e a trajetória de vida e de lutas da saudosa juíza e educadora Rira Gadelha, cuja primeira biografia em breve será lançada, em João Pessoa, pela Procuradora de Estado e pesquisadora Maria José Teixeira Lopes.
Para o deputado, esse gesto do Governador demonstra a lucidez de quem sabe que as grandes obras não são apenas as de pedra e cal, mas também – e sobretudo - as que envolvem e protegem o lado social.
Wilson Braga lembrou, inclusive, que sua esposa, Lúcia Braga (PSD), muito tem lutado em defesa das causas que envolvem a Mulher Paraibana, desde o tempo em que era deputada estadual, quando tentou implantar Projeto de Lei de iniciativa do ex-deputado Simão Almeida, cujo objetivo era, exatamente, o de criar uma Casa Abrigo de total assistência às mulheres vítimas de maus tratos, em rasgos de violência que aviltam e escarnecem a própria natureza humana.
Durante seu mandato de Deputada, conforme ressaltou o ex-governador paraibano, não logrou aprovar Projeto de Lei de idêntico objetivo, mas conseguiu, pelo menos, com o Governo de então, um espaço destinado ao funcionamento da primeira Casa Abrigo, na Paraíba, que foi entregue ao Centro da Mulher 8 de Março, gerenciado por outra mulher paraibana, igualmente apaixonada pelas causas sociais deste estado: Walkíria Alencar. “Este esforço foi muito válido, dado o caráter humanitário de que se revestia a iniciativa, porém, como o trabalho era isolado da ação governamental, a Casa sobreviveu com imensas dificuldades, a ponto de chegar a fechar suas portas”, lamentou Braga, salientando que, agora com o gesto de Ricardo Coutinho, essa imensa dívida do Poder Público para com a Mulher paraibana será corrigida. Quanto à Doutora Rita Gadelha, que era natural de Santa Rita (PB), Wilson Braga afirmou que ela era a mais pura expressão de justiça social, sempre voltada para as causas e questões dos mais necessitados, obscuros e desvalidos da sorte.
Foi assim – lembrou ele – que ela teve fundamental participação na fundação do Movimento Nacional de meninos e Meninas de Rua, nos anos 80, trabalho que terminou ensejando grandes ajustes nas políticas públicas de proteção a meninos e adolescentes, no País, com inserção de novos parâmetros e paradigmas ao próprio texto da Constituição Federal, o que veio a servir de base, mais tarde, à elaboração do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A homenagem a esta mulher de espírito combativo, embora de índole e formação pacifista, veio à baila em razão de matéria publicada no jornal O Norte, edição de 23 último (domingo), sobre a Doutora Rita Gadelha.
Edinho Trajano, com Assessoria
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