

Para sair dessa problemática, entidades e órgãos defensores dos Direitos Humanos, como o Conselho Estadual de Segurança Alimentar (Consea) e o Centrac, trabalham campanhas e ações de conscientização ao direito básico do alimento. Vale lembrar que o Centrac é uma das organizações que compõe a Articulação do Semi-Árido (Asa), engajada na luta pelo direito à alimentação saudável. A Asa estimula a produção livre de agrotóxicos e a preservação das sementes nativas.
O presidente do Consea, Arimatéia França, disse que o foco da alimentação precária na Paraíba está nas pequenas cidades e na zona rural. “Nas estatísticas do PNUD, a capital João Pessoa possui 38 mil pessoas se alimentando mal. Mas as cidades de até 10 mil habitantes e a zona rural são áreas que apresentam quadro de maior risco, devido às distâncias, falta de água e outros problemas”, ressaltou.
Uma das ações da Secretaria de Desenvolvimento Humano (SEDH) é inserir a Paraíba no Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan). A adesão oficial ao Sistema será na 4ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar, em novembro, na Bahia. A Conferência paraibana foi realizada em setembro, na cidade de Lagoa Seca. Depois da adesão, será criado o Plano Estadual da Sisan.
Para acelerar o trabalho, o governo estadual inaugurou, na semana passada, o Núcleo de Segurança Alimentar e Nutricional. “Vamos fazer um levantamento, junto à população, depois incluir as pessoas nos programas de assistência social dos governos, como o Bolsa Família”, explicou a coordenadora do Núcleo, Jacileide Lopes. Ela acredita que muitos nem sabem que têm direito à alimentação. Informação e cadastramento das pessoas serão os primeiros passos do Plano.
Contra a Fome A celebração do Dia Mundial da Alimentação, criado no dia 16 de outubro de 1945, é promovida em todo o planeta pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). Neste ano, acontecerão atividades de 11 a 17 deste mês. A informação precisa circular: estimativas recentes da FAO revelam que cerca de 1 bilhão de pessoas passam fome em todo o mundo.
Os objetivos desse Dia são estimular uma maior atenção à produção agrícola em todos os países e um maior esforço para acabar com a fome. A criação da logomarca da campanha desse ano, um “feijão globalizado”, unifica as diferentes culturas alimentares que convivem no Brasil. Além de ser um produto preferencial da agricultura familiar e de excelente valor nutricional.
Edinho Trajano, com Pb Online.
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