O senador Inácio Arruda avaliou que Aldo Rebelo reúne condições que podem ajudar o Governo a conter a crise instalada no Ministério do Esporte
Na avaliação da oposição, mera “substituição de nomes”. Para o PCdoB, o início da “superação de uma crise”. A indicação do deputado federal Aldo Rebelo para a chefia do Ministério do Esporte foi colocada como “estratégica” pelo líder do partido no Senado, o cearense Inácio Arruda – que participou das discussões com a presidente Dilma Rousseff (PT) sobre os rumos da pasta após as denúncias de corrupção que provocaram a queda do agora ex-ministro Orlando Silva. “Na situação que estava, ele, o partido e o governo estavam se desgastando”, analisou.
Ao O POVO, Inácio reconheceu que a crise instalada não se dissipará apenas com a troca de nomes. Entretanto, a lógica do senador é a de que a saída de Orlando dá aos acusadores uma espécie de vitória, podendo reduzir os disparos – tratados como “calúnia” por Inácio – contra a sigla. “O objetivo deles foi alcançado. O ministro saiu. Para eles, a situação está resolvida”, avaliou o cearense, ao reforçar sua defesa pela apuração das denúncias, que envolvem liberação de recursos do Governo para ONGs.
A escolha
A decisão por Aldo Rebelo, segundo Inácio, foi tomada na noite de quarta-feira pela cúpula do partido, e depois anunciada à Dilma, que teria recebido a escolha “com tranquilidade”. Outros dois nomes haviam sido cogitados – o dos deputados federais Flávio Dino (MA) e Luciana Santos (PE), ambos do PCdoB. Entretanto, de acordo com o senador, “ela (Dilma) examinou que as circunstancias exigiam alguém com trânsito dentro e fora do Congresso, que dialogasse com a oposição”.
Inácio descartou sequelas entre PCdoB e Governo. Segundo ele, nos bastidores, a petista teria se solidarizado à Orlando Silva e demonstrado indignação sobre o que chamou de “episódio de calúnia”.
Edinho Trajano, com O Povo.
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