O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, confirmou, nesta quarta-feira, 26, que o ministro do Esporte, Orlando Silva, vai mesmo deixar o governo.
Ele disse que a forma como se dará a saída de Orlando será definida na reunião a ser realizada no início da noite com a presidente Dilma Rousseff. "A abertura de inquérito pelo Supremo (Supremo Tribunal Federal) foi fator determinante para a mudança da situação", disse Carvalho.
Segundo Carvalho, o mais provável é que haja uma interinidade na Pasta. "É o mais provável". Ele disse ainda que a tendência é de que o cargo continue nas mãos do PCdoB. Carvalho não quis falar em nomes e elogiou o ministro Orlando Silva. "Orlando teve uma atitude madura. Eu respeito e louvo a atitude do PCdoB", disse o ministro relatando a conversa que teve na manhã de hoje com Orlando Silva e com o presidente do PCdoB, Renato Rabelo.
O encontro de Dilma com o ministro do Esporte será realizado logo mais, no Palácio do Planalto, após o encontro da presidente com representantes do grupo PSA Peugeot Citröen.
Vicente Cândido: Copa não sofrerá atrasos com queda de Orlando Silva
O relator da Lei Geral da Copa, deputado Vicente Cândido (PT-SP), afirmou que a queda do ministro do Esporte, Orlando Silva, não vai atrasar a tramitação do projeto no Congresso. Ele disse que a comissão vai continuar trabalhando normalmente e deverá ouvir o futuro ministro da área no final de novembro, quando estará encerrando seu trabalho.
"Acho que não tem nenhum problema. A bola está com o Congresso. Enquanto o novo ministro toma pé da discussão, nós vamos conversando com outras áreas do governo, como o Ministério da Justiça, e com a sociedade civil. No final dos trabalhos, aí voltaremos para ouvir a área do Esporte", disse o relator.
"Esse fato de hoje não vai alterar nosso cronograma. O governo é maior que a crise, que já está contornada", completou.
Entenda a notícia
Em entrevista publicada pela revista Veja, no dia 15 de outubro, o policial militar João Dias e o motorista Célio Soares Pereira acusaram o ministro do Esporte, Orlando Silva, de ter recebido dinheiro de propina na garagem do ministério.
A denúncia apontou que Orlando Silva supostamente comandou esquema de desvios do programa Segundo Tempo e recebeu pacotes com notas no valor de R$ 50 e R$ 100. As verbas fraudulentas do programa eram, de acordo com a acusação, repassadas para organizações não governamentais (ONGs), após estas pagarem taxas de até 20% do valor do convênio.
Segundo informações apresentadas pela Veja, o dinheiro teria sido usado também para campanhas eleitorais do PCdoB e que o partido indicava fornecedores e obtia notas fiscais frias para camuflar as despesas.
Edinho Trajano, com
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