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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Bolsas recuam à espera de solução para crise


Por causa de dados ruins dos Estados Unidos e com as incertezas sobre a reunião de cúpula da União Europeia, as principais bolsas do mundo caíram. A Bovespa caiu 1,07%

A euforia deu lugar à cautela e a Bovespa trabalhou o dia de ontem em baixa, acompanhando as bolsas internacionais. Os investidores pisaram no freio à espera do resultado do encontro de cúpula da União Europeia, marcada para hoje. Indicadores ruins nos EUA e balanços fracos também serviram de mote para vendas de ativos de risco. As ações da Petrobras, no Brasil, subiram e ajudaram a conter a realização de lucros desencadeada após o Ibovespa subir mais de 5% em apenas duas sessões. 

 Apesar de a União Europeia e líderes da zona euro manterem a encontro de cúpula para hoje, os mercados se mostraram assustados com a notícia de que uma reunião de ministros das Finanças da zona do euro tinha sido cancelada ontem. A notícia alimentou temores de que tais líderes não sejam capazes de apresentar o plano detalhado para acabar com a crise.

“Houve uma série de declarações diferentes que parecem sugerir que a Europa está em uma situação difícil para chegar a qualquer conclusão real e séria que resolva seus problemas de dívida”, disse Gail Dudack, estrategista-chefe de investimento na Dudack Research Group, em Nova York.

“O objetivo é adotar todos os elementos necessários e detalhes referentes ao pacote, o mais rapidamente possível”, disse o governo da Polônia, que ocupa a presidência rotativa por seis meses da União Europeia, em comunicado.

Além da expectativa com o que virá hoje, também influenciou negativamente as ações a queda do lucro da 3M e os indicadores fracos como o que mostrou a queda da confiança do consumidor norte-americano para 39,8 em outubro, de 46,4 em setembro, segundo o Conference Board.

O Dow Jones recuou 1,74%, o S&P perdeu 2%, e o Nasdaq fechou com retração de 2,26%. As bolsas europeias também recuaram.

“As bolsas na Europa até estavam em alta, com a confiança do consumidor (alemão) e continuação do movimento positivo. Mas a (chanceler alemã Angela) Merkel refutou algumas informações (sobre reunião de quarta) e isso provocou a reversão”, disse o estrategista-chefe do WestLB, Luciano Rostagno.

Para hoje, Rostagno afirma que as bolsas continuarão operando na esteira da cúpula da UE. “O mercado pode se decepcionar um pouco. Minha expectativa não é de medidas que solucionem a crise, mas que venham a evitar uma catástrofe”, declarou.

Após a reunião de cúpula das lideranças da zona do euro, os participantes dos mercados aguardam o anúncio de mais detalhes sobre o aguardado plano para enfrentar o risco de um calote descontrolado da Grécia e a necessidade de recapitalização dos bancos europeus.

“Considerando as manchetes sobre Europa nas últimas três semanas, que foram positivas na média, agora é a vez da Europa nos mostrar os detalhes”, comenta a equipe de analistas do Bank of America Merryll Lynch, num artigo apropriadamente intitulado: “A lua-de-mel acabou”.

A expectativa por boas notícias, no entanto, não evita algum ceticismo por parte de uma parcela dos profissionais no setor financeiro. “Dada a expectativa, essas medidas terão que ser menos paliativas e mais sustentáveis no médio prazo. Mas acho que vai ser difícil vermos isso. Provavelmente o que eles vão apresentar serão iniciativas para tocar a situação para frente, o que até pode reduzir a volatilidade no curto prazo - é difícil dizer por quanto tempo: por um, dois dias, ou por um, dois meses?”, comenta o diretor da tesouraria da corretora de câmbio Prime, João Carlos Reis.

Números

5,66
BILHÕES foi o giro financeiro na Bovespa ontem. O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, recuou para os 56.285 pontos.




Edinho Trajano, com JH.

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