O maior ato ocorreu em Brasília e reuniu 25 mil pessoas, segundo a Polícia. Manifestações se espalharam por várias partes do País, organizadas pela Internet
Se o Brasil se libertou do domínio português, 189 anos atrás, outras formas de opressão permanecem. E o primeiro dia 7 de setembro com uma mulher no cargo máximo da República ficou marcado pelos protestos, em várias partes do Brasil, contra aquela que talvez seja a maior delas: a corrupção.
Em Brasília, cerca de 25 mil pessoas, segundo cálculo do comando da Polícia Militar do Distrito Federal, participaram da Marcha contra a Corrupção na Esplanada dos Ministérios, durante o desfile de comemoração do 7 de Setembro.
Organizado por meio de redes sociais na Internet, o protesto atacou a absolvição da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), o voto secreto no Congresso, os recentes escândalos de corrupção no governo da presidente Dilma Rousseff e até o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira.
Vestidos de preto e com narizes de palhaço, os manifestantes levaram instrumentos, faixas e cartazes com frases de protesto.
Houve bate-boca acalorado entre integrantes do Psol e os organizadores da marcha. Dirigentes do partido levaram camisetas e bandeiras da legenda ao protesto. Os organizadores da marcha, que haviam pedido para os participantes não fazerem menções a partidos, pediram que as camisetas e as bandeiras fossem retiradas do local. Ao que os membros do Psol reagiram mal, chamaram os manifestantes de “juventude do Sarney” e criticaram a ausência de faixas contra o PT.
Em São Paulo, a manifestação reuniu centenas de pessoas. O único incidente aconteceu quando o comissário aposentado Amauri Antunes Guedes, 77, resolveu queimar bandeiras do PT e quase foi agredido.
Em Porto Alegre (RS), foram dois atos paralelos contra a corrupção, também com centenas de participantes.
Por quê
ENTENDA A NOTÍCIA
Os protestos pelo Brasil tinham como foco a corrupção, em geral, com destaque específico para a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), livrada da cassação pelos colegas no fim do mês passado
Edinho Trajano, com JH.
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