O candidato que tiver apoio de ambos em 2012 será franco favorito. Mas tal consenso pode se mostrar impossível
Até opositores reconhecem: o candidato que eventualmente conseguir o apoio da prefeita Luizianne Lins (PT) e do governador Cid Gomes (PSB) muito dificilmente deixará de ser eleito o próximo prefeito de Fortaleza. Isso, evidentemente, salvo um daquelas surpresas que o eleitor da Capital vez por outra adora pregar.
Mas, em condições normais, a definição em torno da continuidade ou não da aliança que governa o Município, o Estado e o País poderá decidir, também, o próximo prefeito de Fortaleza. Pode parecer simples. Mera ilusão. A aliança entre PT e PSB atravessa sobressaltos desde que foi firmada, em 2006. Naquela época, os petistas tiveram de vencer o preconceito em re-lação aos ex-aliados do PSDB.
Em 2008, a candidatura de Patrícia Saboya (PDT) dividiu a família Ferreira Gomes. Ao mesmo tempo, a resistência de Luizianne à indicação de Tin Gomes (PHS) para vice, feita por Cid, por pouco não inviabiliza a participação do governador na campanha.
Em 2010, foi o desejo de Cid de apoiar Tasso Jereissati (PSDB) ao Senado que quase acaba com a aliança.
Desta vez, todavia, o desafio é maior que nunca. Jamais a aliança enfrentou tantos adversários e esteve tão perto de ruir. Os desgastes se acumulam e, diferentemente das reeleições de Cid e Luizianne, não há mais candidato natural. Do resultado da busca pelo nome dependerá boa parte do futuro político de Fortaleza.
Edinho Trajano, com o Povo.
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