O ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, rebateu hoje a senadora Marta Suplicy (PT-SP), que se definiu como a primeira opção do partido para disputar a prefeitura de São Paulo. "A opção do PT será a que a prévia escolher, se houver prévia. Ou a pessoa que um acordo entre os candidatos venha a definir", disse. Após encontro com hackers na capital paulista, Mercadante afirmou que o partido não se pautará apenas por pesquisas de intenção de votos, referindo-se à pesquisa DataFolha divulgada hoje, onde Marta aparece com ampla vantagem sobre políticos de outros partidos em todos os cenários em que é mencionada.
"Nas pesquisas, ela é quem aparece melhor posicionada. Mas já houve eleições, no passado, em que quem saiu na frente não ganhou e quem tinha uma posição inferior, na mesma etapa da pesquisa, ganhou a eleição. Temos também situações em que quem saiu na frente, ganhou. Então, muito é cedo para a gente dizer qualquer coisa. E a definição do partido não será feita com base só em pesquisas", ressaltou o ministro.
Nesta manhã, Mercadante se reuniu com a bancada de vereadores do PT, em São Paulo, para anunciar que não deixará o Ministério para disputar a sucessão do prefeito Gilberto Kassab (PSD). Segundo o ministro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff o convenceram a continuar no governo.
Haddad
Mercadante acredita que o partido precisa se preocupar ainda com a política de alianças para garantir a vitória, fato que baseia em sua derrota no ano passado. "Precisamos fazer política de alianças, precisamos dialogar com os partidos da base para fazer uma aliança forte em São Paulo. Eu não fui para o segundo turno (sucessão estadual em SP, em 2010) por 0,4% dos votos. Portanto, eu sei a diferença que uma aliança faz numa campanha", explicou.
O ministro reconheceu que a senadora é um nome forte dentro de seu partido, mas não deixou de reconhecer que o ministro da Educação, Fernando Haddad, também tem méritos. "Seguramente ela é uma candidata que tem todas as condições de disputar a eleição e a pesquisa (DataFolha) mostra isso. Mas o Fernando Haddad é um ministro com grande competência e pode crescer muito na campanha, eu tenho certeza".
De acordo com Mercadante, a escolha do candidato do PT para a eleição municipal do próximo ano vai levar em conta as propostas dos postulantes, a "capacidade de empolgar a militância" e "quem tem as melhores condições de vencer".
Edinho Trajano, com Agência Estado.
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