Apesar de não terem visto nem ouvido os manifestantes da Marcha Contra a Corrupção, as autoridades que estavam em Brasília no desfile do 7 de Setembro, ao lado da presidente Dilma Rousseff, consideraram o protesto como parte do jogo democrático. Blindados pelos tapumes que tomaram todo o quarteirão em frente ao palanque oficial, o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), e o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, classificaram o ato como "legítimo" e "ocorrência natural em uma democracia".

Marco Maia lembrou que já participou de muitas manifestações pelo país afora e que a marcha de hoje, na Esplanada dos Ministérios, era "importante para a democracia brasileira" e, por isso, deveria ser "respeitada e apoiada". Pelo fato de o desfile e o protesto dividirem a mesma avenida, mas em sentidos diferentes, o presidente da Câmara disse que isso era um exemplo de convivência pacífica e democrática. "Que bom que vivemos em um país democrático, onde as pessoas podem expressar suas opiniões e posições de forma livre, respeitando a segurança e a liberdade de ir e vir das pessoas", disse Marco Maia.
Para Maia, não há nenhum constrangimento para o governo da presidente Dilma. "O governo tem sido o maior batalhador no combate aos malfeitos, que as denúncias sejam investigadas. Não vejo nenhum constrangimento, ao contrário, reforça a politica que o governo tem feito de combate à corrupção", afirmou. José Eduardo Cardozo, da Justiça, compartilha da mesma opinião de Marco Maia. "É um dever dos nossos governantes, de todas as pessoas que atuam no mundo público, ter respeito pela coisa pública e combater a corrupção".
Edinho Trajano, com Agência Estado.
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