O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde, realizará, no período de 23 a 27 deste mês, a XI Campanha Estadual de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes, com o objetivo de sensibilizar e conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos. Em nível nacional, a campanha já está na 23ª edição. O mês de setembro foi escolhido porque no dia 27 se comemora o Dia do Doador de Órgãos, em homenagem aos santos Cosme e Damião, aos quais a Bíblia atribui a realização do primeiro transplante da história.
De acordo com a programação elaborada pela Central de Transplante da Paraíba, no dia 23 pela manhã, acontecerá a ação denominada “Trem da Vida”, na Estação Ferroviária, com grupo de forró e panfletagem nos trens da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). No dia 24, será realizado um culto ecumênico com a participação de familiares de doadores e receptores de órgãos e tecidos, às 16 h, no auditório do Instituto de Assistência à Saúde do Servidor IASS (antigo IPEP).
A programação continuará no dia 25, com a realização da “Caminhada pela Vida”. A concentração será às 8 h, no Busto de Tamandaré, na praia de Tambaú. Já às 19h30 do dia 26, no auditório do IASS, acontecerá o “Momento Científico”, com palestras de médicos transplantadores para profissionais da área de saúde. E no dia 27, será realizado um abraço entre os três poderes pela causa da doação de órgão e em prol da vida. A concentração será às 8 h, na Praça João Pessoa, com o apoio da Assembléia Legislativa e do Tribunal de Justiça.
A diretora geral da Central de Transplante da Paraíba, Gyanna Lys Montenegro, declarou que é muito importante a divulgação de eventos como este para a conscientização da população, “pois é ela que com o seu ‘sim’ autoriza a doação”. Segundo ela, o envolvimento da sociedade, dos profissionais de saúde, das equipes médicas transplantadoras e o apoio do Governo do Estado propiciam uma mudança da realidade daqueles que estão na lista de transplante, aguardando uma doação.
Ela explica que a doação de órgãos só pode ser feita após o diagnóstico da morte encefálica, um ato seguro que segue protocolo determinado pelo Conselho Federal de Medicina. “Após o diagnóstico da morte encefálica, é oferecida à família a oportunidade da doação, pois só ela é quem decide se quer doar. É importante que em vida todos manifestem para seus familiares seu desejo de doar”, ressaltou.
A morte encefálica pode ser diagnosticada por meio de exames clínicos que detectam a capacidade de comunicação e resposta aos estímulos cerebrais e por meio de exames complementares, como é o caso da angiografia e do doppler transcraniano. Depois de comprovada a morte encefálica, a equipe médica procura manter os outros órgãos funcionando, por meio do tratamento intensivo, enquanto a equipe da Central de Transplante se encarrega de fazer a abordagem da família para que autorize a efetivação da doação.
Dados – De acordo com a Central de Transplantes, existem hoje na Paraíba 295 pessoas esperando por um rim, dos quais 113 com status ativo pelo sistema (ou seja, pacientes que já estão com exames prontos); 14 à espera de um fígado; quatro esperando por coração; e 48 à espera por uma córnea. Esse ano já foram realizados 21 transplantes de rim, dois de fígado e 107 de córnea.
“Podemos concluir que somente há transplante se houver uma doação, e que, em todos os casos de morte, os órgãos vão se deteriorar após o enterro. E aí vem a reflexão: Por que não doar? Por que não aproveitar esses órgãos e salvar várias vidas? Um dia posso ser doador, mas a vida pode me causar surpresas e eu vir a precisar de uma doação. Só a família pode transformar um momento de dor em uma esperança de vida. Se queremos salvar vidas e isso só depende de todos nós”, comentou Gyanna Lys Montenegro.
Para mais informações sobre doação de órgãos, os interessados podem acessar o endereço eletrônico www.saude.pb.gov.br/transplante ou ligar para a Central de Transplante nos telefones 3244-6192.
Edinho Trajano, com Governo da Paraíba.
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